terça-feira, 31 de dezembro de 2013

UM 2014 ABENÇOADO


Amados irmãos e leitores do Jesus é O Senhor,
quero agradecer a todos que estiveram conosco
neste ano e desejar um abençoado 2014 à todos vocês e aos seus.

O SENHOR nos abençõe!

Em Cristo,
Mario César de Abreu

domingo, 29 de dezembro de 2013

Natal, presentes para o rei




Os magos vieram do Oriente para adorar o Rei Jesus e trazer-lhe presentes. Que presentes trouxeram? O que eles significam? Que implicações têm esses presentes colocados aos pés de Jesus? Compreender essa mensagem é fundamental para resgatarmos a centralidade do Natal. O Natal tem sido esvaziado de seu conteúdo. Coisas periféricas e até estranhas à mensagem do Natal têm ocupado o centro do palco e retirado de cena aquele que é o dono, o sentido e a razão de ser do Natal.

Os magos trouxeram ouro, incenso e mirra. Que tributos eles estavam prestando a Jesus com esses presentes?

1. Eles estavam reconhecendo que Jesus é o Rei dos reis. O ouro é o presente dedicado ao Rei. A humilde criança deitada na manjedoura, enfaixada em panos, que precisou retirar-se para o Egito para livrar-se da morte, que cresceu na apagada vila de Nazaré, que tinha as mãos calejadas no serviço da carpintaria, que se despojou de sua riqueza e se fez pobre e não tinha nem mesmo onde reclinar a cabeça, era o Rei dos reis, o dono do mundo. Jesus abriu mão da sua glória para vir ao mundo, encarnar-se e tornar-se Deus conosco e Deus semelhante a nós, exceto no pecado. Os magos reconheceram que Jesus é o Rei dos reis, a suprema autoridade no céu e na terra, aquele que está no trono do universo, que dirige as nações, que levanta reis e destrona reis, que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade. Diante de Jesus todo joelho deve se dobrar no céu, na terra e no inferno. Todas as criaturas do universo estão sujeitas a ele. Ele é o soberano absoluto sobre tudo e sobre todos. Nas suas mãos estão os destinos dos povos, das nações, da igreja, da sua própria vida.

2. Eles estavam reconhecendo que Jesus é o Sumo Sacerdote. Incenso é o presente para um sacerdote. Até o tempo de Jesus os sacerdotes ofereciam sacrifícios por si mesmos e pelo povo. Esses sacrifícios precisavam ser repetidos, pois eram imperfeitos, oferecidos por homens imperfeitos. Jesus veio ao mundo como o supremo sacerdote, o sacerdote perfeito, sem pecado, para oferecer um sacrifício perfeito, a sua própria vida. Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, mas também é o Sumo Sacerdote que, na cruz, fez um único e cabal sacrifício pelos nossos pecados. Ele é ao mesmo tempo o Sacerdote e o sacrifício. Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens, aquele que abriu para nós um novo e vivo caminho para Deus, por cuja morte, o véu do templo foi rasgado, dando-nos livre acesso à presença do Pai. Jesus é o caminho para Deus, a porte do céu.

3. Eles estavam reconhecendo que Jesus é o Supremo Profeta. Mirra é o presente para um profeta. Deus falou muitas vezes, de muitas maneiras aos pais pelos profetas. Mas, agora, nos fala pelo seu Filho. Até Jesus, os profetas falavam em nome de Deus. Mas Jesus é o próprio Deus. Os profetas diziam: “Assim diz o Senhor”, mas Jesus diz: “Eu, porém, vos digo”. Ele é o mensageiro e a mensagem. Ele é o próprio conteúdo da mensagem que proclama. Não temos outra mensagem a proclamar a não ser Jesus. Ele é o conteúdo do Evangelho. Seu nascimento nos trouxe boas novas de grande alegria. Sua morte nos trouxe copiosa redenção. Sua ressurreição nos dá poder para viver vitoriosamente. Sua ascensão nos garante que sua obra foi completa e vitoriosa. A promessa da sua volta nos dá esperança da consumação de todas as coisas, com sua vitória triunfal sobre todas as hostes do mal. Os magos vieram de longe e adoraram a Jesus, reconhecendo que ele é o Rei, o Sacerdote e o Profeta. É Jesus o Rei da sua vida? Você já se apropriou dos benefícios de sua morte vicária? Você aguarda ansiosamente a sua vinda? É Jesus o centro das comemorações do seu Natal?

Rev. Hernandes Dias Lopes                                     Blog: Palavra da Verdade
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Em Cristo,
Mário César de Abreu

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

“O QUE IMPORTA É QUE CRISTO ESTÁ SENDO PREGADO” – MESMO?

Por Augustus Nicodemus

Um amigo no Twitter me perguntou se Filipenses 1:18 não justificaria o show gospel. Acho que ele tinha em mente o festival gospel na Globo e a hipotética novela da Globo com uma heroína evangélica e as apresentações de cantores gospel em programas seculares.

Para quem não lembra, Paulo diz o seguinte em Filipenses 1:15-18:

“Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” (Fp 1:15-18).

A interpretação popular desta passagem, especialmente desta frase de Paulo no verso 18, “Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” – é que para o apóstolo o importante era que o Evangelho fosse pregado, não importando o motivo e nem o método. A conclusão, portanto, é que podemos e devemos usar de todos os recursos, métodos, meios, estratégias, pessoas – não importando a motivação delas – para pregarmos a Jesus Cristo. E que, em decorrência, não podemos criticar, condenar ou julgar ninguém que esteja falando de Cristo e muito menos suas intenções e metodologia. Vale tudo.

Então, tá. Mas, peraí… em que circunstâncias Paulo disse estas palavras? Se não me engano, Paulo estava preso em Roma quando escreveu esta carta aos filipenses. Ele estava sendo acusado pelos judeus de ser um rebelde, um pervertedor da ordem pública, que proclamava outro imperador além de César.

Quando os judeus que acusavam Paulo eram convocados diante das autoridades romanas para explicar estas acusações que traziam contra ele, eles diziam alguma coisa parecida com isto: “Senhor juiz, este homem Paulo vem espalhando por todo lugar que este Jesus de Nazaré é o Filho de Deus, que nasceu de uma virgem, que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia, e que está assentado a direita de Deus, tendo se tornado Senhor de tudo e de todos. Diz também que este Senhor perdoa e salva todos aqueles que creem nele, sem as obras da lei. Senhor juiz, isto é um ataque direto ao imperador, pois somente César é Senhor. Este homem é digno de morte!”

Ao fazer estas acusações, os judeus, nas próprias palavras de Paulo, “proclamavam a Cristo por inveja e porfia… por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias” (verso 17).

Ou seja, Paulo está se regozijando porque os seus acusadores, ao final, no propósito de matá-lo, terminavam anunciando o Evangelho de Cristo aos magistrados e autoridades romanos.

Disto aqui vai uma looooonga distância em tentar usar esta passagem para justificar que cristãos, num país onde são livres para pregar, usem de estratégias no mínimo polêmicas para anunciar a Cristo. Tenho certeza que Paulo jamais se regozijaria com isto, pois ele mesmo disse:

“Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus” (2Co 2:17).

“Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2Co 4:1-2).

“Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1Co 2:1-5).

Portanto, usar Filipenses 1:18 para justificar que qualquer estratégia serve para anunciar o Evangelho é usar texto fora do contexto como pretexto.

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Texto postado por Augustus Nicodemus via Facebook.
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Fonte: Púlpito Cristão
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Em Cristo,
Mário 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

"Devem os cristãos celebrar o Natal?"


Resposta: O debate sobre se os cristãos devem ou não celebrar o Natal tem sido discutido por séculos. Há cristãos igualmente sinceros e comprometidos em ambos os lados da questão, cada um com várias razões por que o Natal deve (ou não) ser comemorado em lares cristãos. Entretanto, o que diz a Bíblia? A Bíblia dá uma direção clara quanto a se o Natal é um feriado para ser comemorado pelos cristãos?

Primeiro, vamos dar uma olhada em algumas razões por que alguns cristãos não celebram o Natal. Um argumento contra o Natal é que as tradições que cercam o feriado têm origem no paganismo. A busca por informações confiáveis sobre este tema é difícil porque as origens de muitas das nossas tradições são tão obscuras que as fontes muitas vezes se contradizem. Sinos, velas, azevinhos e decorações natalinas são mencionados na história do culto pagão, mas o seu uso no próprio lar certamente não indica um retorno ao paganismo. Embora algumas tradições definitivamente possuam raízes pagãs, existem muitas mais tradições associadas com o verdadeiro significado do Natal -- o nascimento do Salvador do mundo em Belém. Sinos são tocados para espalhar a alegre notícia, velas são acesas para lembrar-nos de que Cristo é a Luz do mundo (João 1:4-9), uma estrela é colocada no topo de uma árvore de Natal para simbolizar a Estrela de Belém e presentes são trocados para nos lembrar dos presentes dos Reis Magos a Jesus, o maior dom de Deus para a humanidade.

Um outro argumento contra o Natal, especialmente em ter uma árvore de Natal, é que a Bíblia proíbe trazer árvores a nossas casas e decorá-las. A passagem frequentemente citada é Jeremias 10:1-16, mas ela se refere a cortar árvores, esculpir a madeira para fazer um ídolo e em seguida decorar o ídolo com prata e ouro com a finalidade de curvar-se perante ele para adorá-lo (ver também Isaías 44:9-18). A passagem em Jeremias não pode ser retirada de seu contexto e usada para fazer um argumento legítimo contra as árvores de Natal.

Os cristãos que optam por ignorar o Natal apontam ao fato de que a Bíblia não nos dá a data do nascimento de Cristo, o que é certamente verdade. 25 de dezembro talvez não seja nem perto do tempo em que Jesus nasceu, e os argumentos de ambos os lados são inúmeros, alguns relacionados com o clima em Israel, com as práticas dos pastores no inverno e com as datas do censo romano. Nenhum desses pontos estão sem certa quantidade de conjectura, o que nos leva de volta ao fato de que a Bíblia não nos diz quando Jesus nasceu. Alguns veem isso como uma prova positiva de que Deus não queria que celebrássemos o nascimento, enquanto outros veem o silêncio da Bíblia sobre a questão como uma aprovação tácita.

Alguns cristãos dizem que já que o mundo comemora o Natal -- embora esteja ficando cada vez mais politicamente correto referir-se a ele como "boas festas" -- os cristãos devem evitá-lo. Entretanto, esse é o mesmo argumento feito por falsas religiões que negam a Cristo completamente, bem como pelas seitas (como as Testemunhas de Jeová) que negam a Sua divindade. Os cristãos que celebram o Natal muitas vezes veem a ocasião como uma oportunidade para proclamar Cristo como "a razão para a temporada" entre as nações e àqueles presos a falsas religiões.

Como vimos, não há nenhuma razão bíblica legítima para não celebrar o Natal. Ao mesmo tempo, também não há mandamento bíblico para celebrá-lo. No final, é claro, celebrar ou não o Natal é uma decisão pessoal. Qualquer que seja a resolução dos cristãos a respeito, os seus pontos de vista não devem ser usados como um bastão com o qual bater ou denegrir pessoas com opiniões contrárias, nem se deve enxergar certa opinião como um símbolo de honra que encoraje o orgulho por celebrar ou não. Como em todas as coisas, buscamos a sabedoria dAquele que a dá liberalmente a todos os que pedem (Tiago 1:5) e aceitamos uns aos outros em graça e amor cristão, independentemente das nossas opiniões sobre o Natal.

Fonte: www.GotQuestions.org/Portugues
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Em Cristo,
Mário

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O MERCADO DE EVANGELHOS


Por Rodrigo Ribeiro

Embora seja inegável que exista muita diversidade entre os homens, certos elementos comuns estão presentes em todos, visto que são inerentes a própria humanidade. Estas características comuns tem origem na criação, e por isso ultrapassam as barreiras socioculturais. Um destes traços unificadores dos seres humanos é aquilo que Calvino chamava de sensu divinitatis (senso de divindade) e semen religionis (semente da religião), ou seja, todo o homem é inerentemente religioso.

Este conceito reformado tem amparado inegável nas Escrituras, pois Paulo na epístola aos Romanos (Rm 1.19-25) afirma categoricamente que Deus se revela na criação, de modo que todos os conhecem, mas os incrédulos simplesmente o rejeitam, adorando a criatura no lugar do criador, sendo, portanto indesculpáveis.
Deste modo podemos observar a semente da religião em todos os seres humanos, até mesmo no mais convicto e engajado ateu, visto que este indivíduo direciona toda a sua devoção e amor final para a sua ideologia ateísta, para o potencial humano (humanismo) ou até mesmo para si mesmo, sendo antes de tudo um idolatra.

É nesse sentido, tendo como pano de fundo o carácter essencialmente religioso dos homens, que o tem sido apresentado diversos paliativos para aplacar a inevitável necessidade de redenção que a lei moral inculcada no coração do homem teima em vindicar a todo instante (Rm 2.15). A prateleira de pseudos evangelhos não tem fim!

Para aqueles que localizam no cerne do problema humano a carência, temos um evangelho terapêutico-romântico, onde a salvação e a redenção do homem estão no amor. Qualquer canção com este conteúdo caminha para um inevitável sucesso. Este evangelho está em alta na nossa sociedade.

Por outro lado, alguns pensam que o principal problema do homem é a desigualdade social ou outras questões de carácter econômico e por isso direcionam a sua religiosidade para as ideologias políticas. Enquadram as categorias do reino de Deus em posições de esquerda e direita e morrem por projetos materialistas que dispensam a verdadeira redenção transcendental. Eis um evangelho político e ideológico.

Assim como o anterior, também temos outros paliativos para o impulso religioso do homem, como a busca desenfreada por prazer e a até o louco e frenético mundo dos shoppings centers, os templos do evangelho consumista. Compre, se satisfaça e assim seja feliz. O santo cartão de crédito irá nos redimir dos males existências, ou no mínimo nos entorpecer, mas no final do mês a fatura nos levará a nocaute mais uma vez. O evangelho do aqui e do agora é meramente temporário.

Diante deste cenário, em meio à imensa variedade de falsos evangelhos, qual o único reduto da verdade? De onde sairá à resposta uníssona e clara a respeito da salvação dos homens? Da igreja! De nenhum lugar mais poderá ecoar a mensagem de vida eterna. É no púlpito que o pecado deve ser apresentado como real problema do homem. As guerras, os problemas de relacionamento, a desigualdade e todo o restante são meros sintomas. O pecado é a doença e ele leva a morte. Ou melhor, já nos matou (Rm 6.23).

Só depois de identificar com precisão a doença, será possível buscar o medicamento correto: o evangelho de Jesus Cristo. Somente Nele o homem irá satisfazer seu impulso religioso de forma plena, em harmonia com o Pai, escapando assim da ira vindoura destinada aos idolatras, aos que se enveredam nos caminhos de morte dos falsos evangelhos (I Co 6.9-10).

Concluo essa reflexão com a solene lembrança das palavras do Dr. Martins Lloyd-Jones, que ao tratar deste assunto, afirmava que uma igreja que tem focado sua pregação em entretimento, questões de relacionamento ou análises políticas, em detrimento da pregação pura do evangelho, é como um médico que poupa seu paciente das dores com analgésicos, mas que não diagnostica seu paciente, que no fim das contas acaba morrendo achando que estava curado, pois não sentia mais dores. Qual seria nossa conduta diante de tal profissional?

A igreja não pode esquecer que ela é baluarte da verdade (I Tm 3.15)! Se nos calarmos, e buscarmos outros discursos que podem ser encontrados facilmente em outras instituições, negligenciaríamos as pessoas do único lugar em que podem encontrar o verdadeiro evangelho, a mensagem simples e louca de que o Filho de Deus, encarnou e morreu por pecados, ressuscitando para que eles fosse salvos pela graça mediante a fé (I Pe 2.18). Somente este Cristo é resposta para os anseios inatos do homem.

A igreja não pode se calar. Os púlpitos não podem abandonar as velhas verdades do evangelho. Em meio ao turbilhão de engodos, levantamos bem alto a bandeira de Jesus Cristo, o único mediador entre Deus e os homens(I Tm 2.5). Eis o evangelho verdadeiro! E para salvar aqueles que pertencem ao Pai nem precisa pexinxar ou gritar mais alto no mercado, basta ser fiel.

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 Por: Rodrigo Ribeiro que escreve no UMP da Quarta. Divulgação: Púlpito Cristão/Jesus é o Senhor
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Em Cristo,
Mário

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

HÁ MUITOS ANIMADORES DE AUDITÓRIO E POUCOS PREGADORES DA PALAVRA, DIZ PASTOR


Em um texto postado no Facebook, o reverendoAugustus Nicodemus Lopes explica os motivos que o levam a não acreditar que o Brasil esteja passando por um avivamento espiritual.

Enquanto muitos chamam de avivamento as cruzadas de evangelização, os shows gospel, e as manifestações do Espírito, o pastor presbiteriano diz que há outros fatores a serem considerados para afirmar que há avivamento.

“Historicamente, os avivamentos espirituais foram responsáveis diretos por transformações de cidades inteiras, mudanças de leis e transformação de culturas. Durante o grande avivamento em Northampton, Estados Unidos, dois séculos atrás, bares, prostíbulos e casernas foram fechados, por falta de clientes e pela conversão dos proprietários”, diz.

Outro ponto citado é referente ao mercado gospel, há muitos shows acontecendo em todas as partes do Brasil, mas para Augustus Nicodemus sobra música e falta ensino bíblico. “Nunca os evangélicos cantaram tanto e nunca foram tão analfabetos de Bíblia. Nunca houve tantos animadores de auditório e tão poucos pregadores da palavra de Deus.”

O reverendo lembra do avivamento da época de Esdras em Israel quando as pessoas ficaram por horas em pé somente para ouvir a Palavra de Deus. “Não vemos nada parecido hoje. A venda de CDs e DVDs com shows gospel cresce em proporção geométrica no Brasil e ultrapassa em muito a venda de Bíblias”, explica ele.

Ainda falando sobre adoração, ele afirma que “há muitos suspiros, gemidos, sussurros, lágrimas, olhos fechados e mãos levantadas ao alto, mas pouco arrependimento, quebrantamento, convicção de pecado, mudança de vida e santidade”.

O despertamento dos corações também é outro fator que caracteriza o avivamento, assim como a união dos verdadeiros crentes, assim como o conhecimento da verdade do Evangelho.

“Há uma mescla de verdade e erro, de emoções genuínas e falsas, de conversões verdadeiras e de imitações, experiências reais com Deus e mero emocionalismo”, continua Nicodemus que lamenta que muitos cristãos reformados falem pouco sobre o tema e não orem pelo avivamento no país.

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Fonte: Gospel Prime. Divulgação: Púlpito Cristão e Jesus é o Senhor
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Em Cristo,

Mário

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Os Seis Pontos do Meu Calvinismo


Postado por Augustus Nicodemus Lopes

É claro que estou brincando – o calvinismo tem muito mais do que cinco ou seis pontos. Esses que vou citar são alguns dos que creio com respeito à salvação. E mesmo assim, nem todos os que se consideram calvinistas concordariam completamente comigo. Meu alvo é tentar esclarecer o que calvinistas, em geral, acreditam sobre a soberania de Deus e a responsabilidade humana. Não coloquei textos bíblicos, pois não quero provar nada – só explicar o que acredito como calvinista.

1 – Creio que Deus predestinou tudo o que acontece. O Deus que determinou todas as coisas é um Deus pessoal, inteligente, justo, santo e bom, que traçou seus planos infalíveis levando em conta a responsabilidade moral de suas criaturas. Ele não é uma força impessoal, como o destino. Portanto, as decisões que tomamos não são mera ilusão e nossa sensação de liberdade ao tomá-las não é uma farsa. Eu acredito que as nossas decisões e escolhas são bem reais e que fazem a diferença. Elas não são uma brincadeira de mau gosto da parte de Deus. De uma maneira para mim misteriosa, porém perfeitamente compatível com um Deus onipotente e infinito, ele consegue ser soberano sem que a vontade de suas criaturas seja violentada. Ao mesmo tempo, ao final, sempre prevalecerá aquilo que Deus já determinou desde a eternidade. Encaro essa relação entre a soberania de Deus e a responsabilidade humana como sendo parte dos mistérios acerca do ser Deus, como a doutrina da Trindade e das duas naturezas de Cristo

2 – Creio que Deus predestinou desde a eternidade aqueles que irão se salvar. Esta convicção não me impede de orar pelos descrentes e evangelizar. Ao contrário, evangelizo com esperança, pois Deus haverá de salvar pecadores. Creio que Deus já sabe, mas oro assim mesmo. Sei que ele ouve e responde, e que minhas orações fazem a diferença. Sei também que, ao final, através de minhas orações, Deus terá realizado toda a sua vontade. Não sei como ele faz isso. Mas, não me incomoda nem um pouco. Não creio que minha oração seja um movimento ilusório no tabuleiro da soberania divina.

3 – Não creio que Deus predestinou todos para a salvação. Da mesma forma, não creio que ele foi injusto e nem que ele fez acepção de pessoas para com aqueles que não foram eleitos. Não creio que Deus tenha predestinado inocentes ao inferno, pois não há inocentes entre os membros da raça humana. E nem acredito que ele tenha deixado de conceder sua graça a quem merecia recebê-la, pois igualmente não há pessoa alguma que mereça qualquer coisa de Deus, a não ser a justa condenação por seus pecados. Deus predestinou para a salvação pecadores perdidos, merecedores do inferno. Ao deixar de predestinar alguns, ele não cometeu injustiça alguma, no meu entender, pois não tinha qualquer obrigação moral, legal ou emocional de lhes oferecer qualquer coisa.

4 – Creio que Deus sabe o futuro, não porque previu o que ia acontecer, mas porque já determinou tudo que acontecerá. Por isso, entendo que a presciência de que a Bíblia fala é decorrente da predestinação, e não o contrário. Negar a predestinação e insistir somente na presciência de Deus com o alvo de proteger a liberdade do homem levanta outros problemas. Quem criou o que Deus previu? E, se Deus conhece antecipadamente a decisão livre que um homem vai tomar no futuro, então ela não é mais uma decisão livre.

5 – Creio que apesar de ter decretado tudo que existe desde a eternidade, Deus acompanha a execução de seus planos dentro do tempo, e se comunica conosco nessa condição. Quando a Bíblia fala de um jeito que parece que Deus nem conhece o futuro e que muda de ideia algumas vezes, é Deus falando como se estivesse dentro do tempo e acompanhando em sequência, ao nosso lado, os acontecimentos. É a única maneira pela qual ele pode se fazer compreensível a nós. Quem melhor explica isso é John Frame, no livro "Não Há Outro Deus," da Editora Cultura Cristã, que recomendo entusiasticamente.

6 – Creio que Deus é soberano e bom. A contradição que parece haver entre um Deus soberano e bom que governa totalmente o universo, por um lado, e por outro, e a presença do mal nesse universo é apenas aparente e, por enquanto, sem explicação. Diante da perversidade e dos horrores desse mundo, alguns dizem que Deus é soberano mas não é bom, pois permite tudo isto. Outros, que ele é bom mas não é soberano, pois não consegue impedir tais coisas. Para mim, a Bíblia diz claramente que Deus não somente é soberano e bom – mas que ele é santo e odeia o mal. Ao mesmo tempo, a Bíblia reconhece a presença do mal do mundo e a realidade da dor e do sofrimento que esse mal traz. Ainda assim, não oferece qualquer explicação sobre como essas duas realidades podem existir ao mesmo tempo. Simplesmente afirma ambas e pede que vivamos na certeza de que um dia Deus haverá, mediante Jesus Cristo, de extinguir completamente o mal e seus efeitos nesse mundo.

Deve ter ficado claro que um calvinista, para mim, é basicamente um cristão que aceita o que a Bíblia diz sobre a relação entre Deus e o homem e reconhece que não tem todas as explicações para as questões levantadas. Para muitos, esse retrato é de alguém teologicamente fraco e no mínimo confuso. Mas, na verdade, é o retrato de quem deseja calar onde a Bíblia se cala.
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Rev. Dr. Augustus Nicodemus Lopes
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Em Cristo,
Mário César

Nota conjunta sobre Plano Nacional da Educação que está em discussão no Senado Federal



Postado por Mauro Meister

Com relatoria do Senador Álvaro Dias, o Projeto de Lei PLC 103/2012, que trata do PNE, deverá ser votado pelo plenário do Senado Federal esta semana, no dia 11. E atendendo o pedido de apoio jurídico feito por várias associações educacionais, escolas e universidades cristãs do Brasil, a Associação Nacional de Juristas Evangélicos, conjuntamente com essas instituições, posiciona-se acerca do Plano Nacional de Educação (PNE) e do que pode ser acrescentado ao plano em 2014 durante a Conferência Nacional de Educação (CONAE).AECEP (Associação de Escolas Cristãs de Educação por Princípios), ABIEE (Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas), e ACSI – Brasil (Associação Internacional de Escolas Cristãs) assinam o documento.

Segundo a Nota, o PLC que será votado na próxima quarta-feira no Senado Federal, “ainda que não contemple questões essenciais do processo educacional de crianças e adolescentes, ao não priorizar, por exemplo, os saberes e habilidades fundamentais ao desenvolvimento cognitivo e intelectual”, por outro lado, “contempla reivindicações importantes e atuais de universidades, escolas, igrejas, famílias e pais de alunos que têm recorrentemente se insurgido contra ondas autoritárias no nosso País que visam, declaradamente, à desconstrução dos valores judaico-cristãos da nossa sociedade”.
O documento expõe à sociedade brasileira e aos Poderes Públicos da República Federativa do Brasil posições e preocupações acerca do PLC 103/2012, especialmente, no que concerne à tentativa dos movimentos sociais LGBTT inserirem, via MEC, conteúdos nos livros didáticos dirigidos a desconstruir os valores cristãos de crianças e adolescentes do nosso País.


Acesse aqui o hotsite da campanha, leia a nota completa, baixe o PDF, ore pela educação em nosso país e promova a Educação Escolar Cristã em sua igreja!

Sobre o tema, veja a bibliografia aqui no tempora!

Leia o excelente livro de Solano Portela: O que estão ensinando aos nossos filhos, Editora Fiel. (http://www.facebook.com/ensinandoNossosFilhos?fref=ts)
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Em Cristo,
Mário César de Abreu

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A POLÊMICA SOBRE A DOENÇA E A MORTE NO MEIO EVANGÉLICO



Uma reflexão sobre as crenças antibíblicas no meio evangélico sobre doença e morte

“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança” (Tg 1:2-3)

Um dos grandes problemas na igreja de hoje é a busca pelo contentamento pessoal em detrimento dos princípios bíblicos. Por essa razão muitas pessoas têm se revoltado contra Deus quando a dor e o sofrimento batem à porta.

Ainda, quando alguém lhes fala sobre a verdade do sofrimento bíblico na vida cristã, isso parece tão absurdo e revoltante que se jogam contra quem lhes comunica essa verdade da Escritura da mesma forma que um lutador de sumô se lança contra o seu oponente.

Rapidamente, sentimentos como ira, indignação e revolta afloram contra quem afirma que o crente pode ficar doente e até morrer como resultado da vontade de Deus. Os seguidores do Movimento da fé se revoltam quando afirmamos que isso pode ocorrer como um meio do Senhor ser glorificado. Esse tipo de mensagem é tão rejeitada nos dias de hoje que qualquer um que fizer tal afirmação é visto rapidamente pelos seguidores deste Movimento da Fé como um inimigo do cristianismo ou como alguém que vive uma vida medíocre, alguém que não recebeu a palavra revelada. Principalmente porque aqueles que não aceitam o sofrimento como algo vindo de Deus se acham supercrentes, pequenos deuses. Os seguidores desse Movimento perpetuam seu erro ao pensar que há poder em nossas palavras, o que na verdade é uma crença oriunda do hinduísmo e não do cristianismo. São cristãos na denominação e hindus na prática.

Muitos questionam se é correto falar sobre as distorções bíblico-teológicas quando algum proponente desse Movimento da Fé morre. Muitos dizem que isso é abusar da dor alheia, desrespeitar o sofrimento do próximo e até fazer uma demonstração pública e inconveniente de falta de amor.

Em primeiro lugar, é preciso compreender que a essência do amor bíblico não se resume à um mero sentimento, mas a uma atitude que está alicerçada na verdade da Escritura. O amor bíblico é guiado não por palavras suaves, agradáveis e que acariciam o ego dos seus seguidores, mas pela verdade. E é esta verdade que deve ser a marca da Igreja, dos seguidores verdadeiros de Jesus Cristo. Devemos entender que o compromisso verdadeiro do cristão não é falar bem, mas falar a verdade, pois a Igreja de Cristo – antes de mais nada – deve ser conhecida como “coluna e firmeza da verdade” (1Tm 3:15).

Hoje vivemos em meio a uma Igreja que abraçou o discurso do politicamente correto, e por isso, qualquer um que fale a verdade desmascarando o erro será visto não como um fiel, mas como um radical, extremista, fundamentalista e “xiita” evangélico. O problema com isso, é que se Jesus é o nosso modelo e exemplo, precisamos entender que Ele mesmo escolhia muito bem as palavras para falar com aqueles que distorciam as Escrituras, chamado-os de “falsos”, “hipócritas”, “filhos do diabo” etc.

Então, como será que seremos vistos hoje se agirmos da mesma forma? E mais, como será que o próprio Jesus seria visto e recebido em certas “igrejas” se mantivesse o mesmo discurso da Sagrada Escritura? Certamente, Ele mantém o mesmo discurso e sua mensagem é bastante dura contra a Sua Igreja, como podemos constatar se estudarmos Apocalipse 2 e 3.

“Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?” (1Pe 4:17)

Entendemos que alguns argumentem que não se deve falar das distorções doutrinárias no momento da morte de alguém que propagava tais práticas, mas também é exatamente nesse momento que muitos têm se aproveitado da situação para fortalecer a crença no erro da Confissão Positiva.

O cuidado, porém, deve ser tomado para que não se façam acusações pessoais, pois a nossa luta não é contra pessoas, contra indivíduos, e sim contra as distorções doutrinárias, contra ensinos. Portanto, é preciso buscar demonstrar a incoerência dos ensinos de tais pessoas. A nossa questão não é quanto a sua vida particular, ou seus aspectos pessoais, e sim quanto a questão bíblico-teológica. Devemos nos ater a questão doutrinária. E na questão doutrinária os seguidores deste Movimento ensinam que a doença é fruto do pecado individual.

Por tudo isso, esse é o momento exato e propício para se tratar da questão doutrinária e não pessoal.

Por experiência própria, já vimos proponentes desse movimento morrer vítimas de câncer e como ninguém se pronunciou na época, o assunto esfriou e depois passaram a dizer que o falecido não morreu de câncer, que ninguém questionasse o motivo de sua morte porque Deus poderia dizer “não é de sua conta”. Ou seja, a mentira foi perpetuada porque ninguém ousou questionar os desvios na época do falecimento, em respeito aos que estavam sofrendo. Por isso, se deixamos o tema esfriar, a heresia será mantida e depois os fatos serão distorcidos. Já chegaram e dizer que o falecido só morreu porque alguns irmãos o liberaram para isso, pelo poder de suas palavras.

Se deixarmos a ocasião passar, a distorção e o erro doutrinário serão mantidos e perpetuados, como já vem sendo há bastante tempo.

Se fazemos o que fazemos, não é por falta de sensibilidade à situação daqueles que estão sofrendo, mas exatamente porque nos preocupamos com a situação espiritual daqueles que sofrem.

Fazendo uma analogia, por que é que os pastores pregam nos velórios e aproveitam a situação para fazer apelos de salvação?

Será que estes pastores estão sendo insensíveis com a situação e querem tirar proveito da fragilidade de quem está sofrendo pelo falecido? Ou será que é porque eles sabem da verdade espiritual e querem usar a situação para abrir os olhos dos ouvintes para a verdade, já que estão sensíveis naquele momento?

O mesmo princípio se aplica aqui. Digo isto por experiência própria e pessoal. Algumas pessoas do Movimento da Fé já têm nos procurado porque estão “em parafuso”, pois a verdade foi apresentada na época da morte de seus líderes, especialmente porque estes mesmos líderes afirmaram em vida que haviam sido curados. Nesse momento, muitos estão sem entender e estão buscando respostas, já que foram ensinados de forma errada durante toda a vida.

Por outro lado, a falta de argumentos bíblicos de tais pessoas tem levado-os à falta de domínio próprio e à ira, que são pecados da carne, fazendo com que tais pessoas leiam certas coisas e não entendam, porque a ira cega o entendimento. Por isso, é necessário termos mansidão e temor na nossa exposição da verdade bíblica, como diz 1Pe 3:15.

Diante de tudo isso, acreditamos que é preciso esclarecer mais alguns pontos:

1) Não defendemos que Deus não cura. Cremos que Deus pode curar sim. Mas isso ocorre dentro de Sua vontade e soberania, assim como também pode decidir não curar, dentro de Sua vontade e soberania, da mesma forma;

“E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres” (Mc 14:36).

2) Qualquer pessoa, seja crente ou não, pode adoecer de qualquer tipo de doença. Por exemplo, a incidência de câncer em minha família é grande. Então, provavelmente eu sou propício a ter essa doença no futuro. Contudo, se esse for o caso, deverei continuar adorando, glorificando e honrando ao meu Deus da mesma forma, porque precisamos aprender a viver contentes em toda e qualquer situação. Se uma doença tira a paz e a estabilidade daquele que diz seguir a Cristo, existe algo errado em sua fé. O Jesus Cristo da Bíblia não desestabiliza ninguém por causa de uma doença. Antes disso, o fortalece em meio a tempestade. Devemos lembrar que Cristo não impediu que os apóstolos enfrentassem tempestades, mas estava com eles no barco;

“Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos” (2Co 1:6)

3) Devemos adorar o nosso Deus por quem Ele é, e não por aquilo que Ele nos dá. Então, a nossa adoração à Deus e o nosso serviço à Ele devem ser dados de forma incondicional. Aqueles que só querem aceitar de Deus aquilo que lhe agrada e que lhe é conveniente são interesseiros e o seu relacionamento com Cristo não é sincero nem verdadeiro. Devemos lembrar o próprio Jó disse, sobre sua esposa que era uma louca: “Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (Jó 2:10). O fato, aqui citado, é que muito embora Satanás tenha afligido a Jó, ele mesmo disse que o mal veio de Deus. Isso mesmo! O mal veio de Deus e a própria Bíblia diz que Jó não pecou por dizer isso. Então é pecado dizer o contrário daquilo que a Bíblia revela. O pecado está em dizer algo que é contrário àquilo que a sagrada Escritura estabelece como verdade;

“E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (2Co 12:7-9)

4) Não podemos esquecer que agradou a Deus “moer” Jesus (Is 53:10); Que Deus é quem faz a ferida e cura, se Ele quiser, e que não há quem escape da mão Dele (Dt 32:39); Que a doença também é um meio que Deus usa para glorificar o Seu Soberano nome, como no caso de Lázaro (Jo 11:4); Que o homem cego, nasceu cego “para que se manifestem nele as obras de Deus” (João 9;2,2);

“Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas” (Is 45:7)

5) Não podemos esquecer que em muitos casos Deus não livrou seu povo do sofrimento, dor e aflição, mas esteve com ele em meio a tudo isso. E que por muitas vezes Deus os deixou morrer porque era necessário que assim fosse, a exemplo dos apóstolos. Ainda assim, e diante de tudo isso, Ele continua sendo Deus!;

“Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8:18)

Por último, entendemos que a ira dos seguidores do Movimento da Fé contra a verdade bíblica revelada de forma clara e inequívoca se manifesta porque os alicerces de madeira podre de seu palácio de cristal estão sendo abalados. Aquilo que tanto sonhavam alcançar é ameaçado e a única defesa de que não tem respaldo bíblico é a ignorância e brutalidade da violência, nem que esta seja verbal. Mas precisamos nos lembrar que os verdadeiros filhos de Deus devem ter, em si, o fruto do Espírito, a começar pelo verdadeiro amor bíblico que está alicerçado na verdade e passando pelo domínio próprio.

Que façamos como os crentes de Beréia que examinavam “cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17:11).

Pr. Robson T. Fernandes

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Fonte: Ump da Quarta/Púlpito Cristão


O autor Robson T. Fernandes é pastor, bacharel em Teologia pelo STEC, aluno do IBRMEC e Mestrando em Hermenêutica e Teologia do Novo Testamento pelo Betel Brasileiro. Tem se dedicado desde 1998 ao ensino e pesquisa na área de Apologética. É membro da Igreja Cristã Nova Vida.
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EM Cristo,
Mário César de Abreu

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Jesus, o Deus que vestiu pele humana


O apóstolo João, mais do que os outros evangelistas, falou-nos acerca da divindade de Jesus Cristo. No prólogo de seu evangelho já deu o rumo de sua obra: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Depois de falar que esse Verbo foi o agente criador e também o doador da vida, anunciou de forma magistral: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai” (Jo 1.14). Destacamos, portanto, aqui, quatro grandes verdades sobre o Verbo de Deus.

Em primeiro lugar, a eternidade do Verbo. “No princípio era o Verbo…” (Jo 1.1). Quando tudo teve o seu começo, o Verbo estava lá, não como alguém que passou a existir, mas como o agente de tudo o que veio à existência. O Verbo não foi causado, mas ele é causa de tudo o que existe. O Verbo não foi criado antes de todas as coisas, mas é o criador do universo no princípio (Jo 1.3). Se antes do princípio descortinava-se a eternidade e se o Verbo já existia antes do começo de tudo, o Verbo é eterno. A eternidade é um atributo exclusivo de Deus. Só Deus é eterno!

Em segundo lugar, a personalidade do Verbo
. “… e o Verbo estava com Deus…” (Jo 1.1). No princípio o Verbo estava em total e perfeita comunhão com Deus. A expressão grega pros ton Theon traz a ideia que o Verbo estava face a face com Deus. Como Deus é uma pessoa e não uma energia, o Verbo é uma pessoa. O Verbo é Jesus, a segunda Pessoa da Trindade. Isso significa que antes da encarnação do Verbo, ele já existia e, isso, desde toda a eternidade e em plena comunhão com o Pai. Jesus não passou a existir depois que nasceu em Belém. Ele é o Pai da eternidade. Nas palavras do Concílio de Nicéia, ele é co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai.

Em terceiro lugar, a divindade do Verbo. “
… e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). O Verbo não é apenas eterno e pessoal, mas, também, divino. Ele é Deus. Ele é a causa não causada. A origem de todas as coisas. O criador do universo. Ele é o verbo, ou seja, o agente criador de tudo que existe, das coisas visíveis e invisíveis. O Deus único e verdadeiro constitui-se em três Pessoas distintas, porém, iguais; da mesma essência e substância. O Verbo não é uma criatura, mas o criador. Não é um ser inferior a Deus, mas o próprio Deus. Embora, distinto de Deus Pai, é da mesma essência e substância. Ele é divino!

Em quarto lugar, a encarnação do Verbo. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14). Aqui está o sublime mistério do Natal: O eterno entrou no tempo. O transcendente tornou-se imanente. Aquele que nem o céu dos céus pode contê-lo foi enfaixado em panos e deitado numa manjedoura. Deus se fez homem, o Senhor dos senhores se fez servo. Aquele que é santo, santo, santo se fez pecado por nós e o que é exaltado acima dos querubins, assumiu o nosso lugar, como nosso fiador. Ele se fez maldição por nós e, sorveu, sozinho, o cálice amargo da ira de Deus, morrendo morte de cruz, para nos dar a vida eterna. Jesus veio nos revelar de forma eloquente o amor de Deus. Não foi sua encarnação que predispôs Deus a nos amar, mas foi o amor de Deus que abriu o caminho da encarnação. A encarnação do Verbo não é a causa da graça de Deus, mas seu glorioso resultado. Jesus veio ao mundo não para mudar o coração de Deus, mas para revelar-nos seu infinito e eterno amor. Essa é a mensagem altissonante do Natal. Esse é o núcleo bendito do Evangelho.
Rev. Hernandes Dias Lopes
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Em Cristo,
Mário

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O que é Santidade?


Por Augustus Nicodemus Lopes
Lamentavelmente, os escândalos ocorridos nas igrejas vêm confirmar nosso entendimento de que em muitos ambientes evangélicos, a santidade de vida, a ética e a moralidade estão completamente desconectados da vida cristã, dos cultos, dos milagres, da prosperidade em geral.

Uma análise do conceito bíblico de santidade destacaria uma série de princípios cruciais, dos quais destaco alguns aqui:

1) A santidade não tem nada a ver com usos e costumes. Ser santo não é guardar uma série de regras e normas concernentes ao vestuário e tamanho do cabelo. Não é ser contra piercing, tatuagem, filmes da Disney. Não é só ouvir música evangélica, nunca ir à praia ou ao campo de futebol. Não é viver jejuando e orando, isolado dos outros, andar de paletó e gravata. Para muitos, santidade está ligada a esse tipo de coisas. Duvido que estas coisas funcionem. Elas não mortificam a inveja, a cobiça, a ganância, os pensamentos impuros, a raiva, a incredulidade, o temor dos homens, a preguiça, a mentira. Nenhuma dessas abstinências e regras conseguem, de fato, crucificar o velho homem com seus feitos. Elas têm aparência de piedade, mas não tem poder algum contra a carne. Foi o que Paulo tentou explicar aos colossenses, muito tempo atrás: “Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade” (Colossenses 2.23).

2) A santidade existe sem manifestações carismáticas e as manifestações carismáticas existem sem ela. Isso fica muito claro na primeira carta de Paulo aos Coríntios. Provavelmente, a igreja de Corinto foi a igreja onde os dons espirituais, especialmente línguas, profecias, curas, visões e revelações, mais se manifestaram durante o período apostólico. Todavia, não existe uma igreja onde houve uma maior falta de santidade do que aquela. Ali, os seus membros estavam divididos por questões secundárias, havia a prática da imoralidade, culto à personalidade, suspeitas, heresias e a mais completa falta de amor e pureza, até mesmo na hora da celebração da Ceia do Senhor. Eles pensavam que eram espirituais, mas Paulo os chama de carnais (1Coríntios 3.1-3). Não estou negando as manifestações espirituais. Creio que Deus é Deus. Contudo, Ele mesmo nos mostra na Bíblia que manifestações espirituais podem ocorrer até mesmo através de pessoas como Judas, que juntamente com os demais apóstolos, curou enfermos e ressuscitou mortos (Mateus 10.1-8). No dia do juízo, o Senhor Jesus irá expulsar de sua presença aqueles que praticam a iniqüidade, mesmo que eles tenham expelido demônios e curado enfermos (Mateus 7.22-23).

3) A santidade implica principalmente na mortificação do pecado que habita em nós e em viver de acordo com a vontade de Deus revelada nas Escrituras. Apesar de regenerados e de possuirmos uma nova natureza, o velho homem permanece em nós e carece de ser mortificado diariamente, pelo poder do Espírito Santo. É necessário mais poder espiritual para dominar as paixões carnais do que para expelir demônios. E, a julgar pelo que estamos vendo, estamos muito longe de estar vivendo uma grande efusão do Espírito. Onde as paixões carnais se manifestam, não há santidade, mesmo que a ortodoxia doutrinária seja defendida ardorosamente, doentes sejam curados, línguas sejam faladas e demônios sejam expulsos. A Bíblia não faz conexão direta entre santidade e manifestações carismáticas e defesa da ortodoxia. Ao contrário, a Bíblia nos adverte constantemente contra a ortodoxia dos fariseus, contra os falsos profetas, Satanás e seus emissários, cujo sinal característico é a operação de sinais e prodígios, ver Mateus 24.24; Marcos 13.22; 2Tessalonicenses 2.9; Apocalipse 13.13; Apocalipse 16.14.

4) É mais difícil vencer o domínio de hábitos pecaminosos do que quebrar maldições, libertar enfermos, e receber prosperidade. O poder da ressurreição, contudo, triunfa sobre o pecado e sobre a morte. Quando “sabemos” que fomos crucificados com Cristo (Romanos 6.6), nos “consideramos” mortos para o pecado e vivos para Deus (Romanos 6.11), não permitimos que o pecado “reine” sobre nós (Romanos 6.12) e nem nos “oferecemos” a ele como escravos (Romanos 6.13), experimentamos a vitória sobre o pecado (Romanos 6.14). Aleluia!

5) A santidade é progressiva. Ela não se obtém instantaneamente, por meio de alguma intervenção sobrenatural. Deus nunca prometeu que nos santificaria inteiramente e instantaneamente. Na verdade, os apóstolos escreveram as cartas do Novo Testamento exatamente para instruir os crentes no processo de santificação. Infelizmente, influenciados pelo pensamento de João Wesley – que noutros pontos tem sido inspiração para minha vida e de muitos outros –, alguns buscam a santificação instantânea, ou a experiência do amor perfeito, esquecidos que a pureza de vida e a santidade de coração são advindas de um processo diário, progressivo e incompleto aqui nesse mundo.

6) A santificação é um processo irresistível na vida do verdadeiro salvo. Deus escolheu um povo para que fosse santo. O alvo da escolha de Deus é que sejamos santos e irrepreensíveis diante dele (Efésios 1.4). Deus nos escolheu para a salvação mediante a santificação do Espírito (2Tessalonicenses 2.13). Fomos predestinados para sermos conformes à imagem de Jesus Cristo (Romanos 8.29). Muito embora o verdadeiro crente tropece, caia, falhe miseravelmente, ele não permanecerá caído. Será levantado por força do propósito de Deus, mediante o Espírito. Sua consciência não vai deixá-lo em paz. Ele não conseguirá amar o pecado, viver no pecado, viver na prática do pecado. Ele vai fazer como o filho pródigo, “Levantar-me-ei e irei ter com o meu Pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti” (Lucas 15.18). Ninguém que vive na prática do pecado, da corrupção, da imoralidade, da impiedade, – e gosta disso – pode dizer que é salvo, filho de Deus, por mais próspero que seja financeiramente, por mais milagres que tenha realizado e por mais experiências sobrenaturais que tenha tido.

Precisamos de santidade! E como! E a começar em mim. Tenha misericórdia, ó Deus!
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Em Cristo,
Mário

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