segunda-feira, 25 de novembro de 2013

USUÁRIOS DE “ADORAÇÃO”



Por Andrew McAlister

Alguns crentes são tão friamente intelectuais que se questiona serem eles mamíferos de sangue quente, para não dizer seres humanos, ao passo que outros são tão emocionais que se deseja saber se são possuidores de uma porção mínima de massa cinzenta. Eu me sinto constrangido a dizer que o mais perigoso dos dois extremos é o anti-intelectualismo e depois a entrega ao emocionalismo.

John Stott, Cristianismo equilibrado

O assunto de louvor e adoração é sempre polêmico de se abordar. Por um lado, temos uma ala tradicional que quer, a todo custo, tirar toda a emoção da adoração. Do outro, há uma certa cultivação de um desespero e uma busca desenfreada por Deus, que vem acompanhada de uma avalanche de emoções. A resposta para tal questão é uma busca constante por equilíbrio, o entendimento do papel de cada faculdade humana no relacionamento com Deus. Hoje, porém, quero abordar o perigo do lado emocional.

Antes de mais nada, por favor entenda o seguinte, pois sei que estou pisando em campo minado: não escrevo a fim de me intrometer na vida de quem quer que seja. Você tem total direito de discordar dos meus pensamentos e em nenhum momento quero que minhas palavras sejam usadas para criar uma norma. Não quero reprimir ninguém nem apontar o dedo. Porém, reconheço que os pensamentos que trago confrontam a prática de alguns. Se você estiver em paz com a sua vida espiritual após discordar do que escrevi, glória a Deus por isso. Escrevo para cutucar (levemente) aqueles que possam estar enveredando por um caminho perigoso sem saberem. A única coisa que desejo verdadeira e explicitamente interromper é uma vida espiritual ignorante e preguiçosa. Se esse não for o seu caso, glória a Deus pela sua vida!

Confissões de um ex-viciado em adoração

Me deparei, recentemente, com o relato de um jovem que descreveu um vício. Ele narra o seu processo de “libertação”, por assim dizer, de ministérios de louvor. Recomendo a leitura do artigo, que você pode conferir aqui. Já estamos cansados de bater no “louvor show” e no mercado gospel. Não farei isso. O que me intrigou no texto citado foi a seguinte afirmação:

Eu queria mais daquilo, eu queria “experimentar” a presença de Deus. Foi aí que descobri a indústria Gospel (…) Assim como hoje, meu coração possuía um forte desejo de ser missionário, de influenciar a sociedade com o Evangelho e mudar o mundo! Foi exatamente isso que encontrei (…). Só que isso nunca era suficiente para mim. Sempre queria mais e foi aí que a “adoração” se tornou um vício para mim. Eu baixava um novo CD (…) de “adoração” praticamente todo dia. Nesse período eu nunca deixei de ler a Bíblia, mas ainda assim não conseguia enxergar o meu erro. Necessitava diariamente de um novo hit, de uma nova canção de adoração para “experimentar” a presença de Deus, mas quanto mais eu buscava a Deus dessa forma mais eu me distanciava d’Ele.”

Muitas vezes, os consumidores vorazes de CDs e DVDs de adoração o fazem para preencher uma lacuna em suas vidas. Em vários casos, há um desejo por Deus que raramente repercuti no resto da vida da pessoa. Ela sabe todas as letras de cor, mas não consegue enxergar uma vida de adoração longe das músicas.

Lembro-me de um episódio de um conhecido que pegou carona com uma senhora da igreja. Ela estava ouvindo um CD de adoração no carro. A senhora o perguntou que ministérios ouvia, ao qual ele respondeu que não costumava ouvir músicas de adoração e que preferia música clássica, entre outros gêneros. Ela ficou espantada com a afirmação e perguntou como que ele podia passar tanto tempo entre um culto e outro sem “adorar” a Deus. Ele, sem graça, não resistiu e respondeu: “Bem, se Jesus voltar de segunda a sábado, então eu acho que vou para o inferno.”

Tanto na confissão quanto no episódio citado, o que me intrigou foi o conceito restrito de ambos sobre a adoração. No caso do ex-viciado, ele nunca deixou de ler sua Bíblia, mas mesmo assim estava errado. Não podemos simplesmente afirmar que ele rejeitava a Palavra de Deus. O que espanta é uma cegueira genuína, uma busca sincera (porém errada) por Deus.

“Mestre, é bom estarmos aqui…” […] (Ele não sabia o que estava dizendo.)

Quando Jesus subiu ao monte para orar acompanhado de Pedro, João e Tiago, seu rosto e suas vestes se transformaram. No relato da Transfiguração (Mt 17.1-8; Mc 9.2-8; Lc 9.28-36), Jesus começa a conversar com Elias e Moisés. Perante aquele momento ímpar e (sem dúvida) indescritivelmente incrível, Pedro faz a seguinte afirmação: “Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias”. (Lc 9.33) Será que Pedro estava sendo egoísta ao fazer tal afirmação? De maneira alguma! Afinal, segundo alguns comentaristas bíblicos, ele estava contemplando Jesus já em sua forma divina! Quem não gostaria de estar perante o Cristo já em sua forma final? Caso estivéssemos nesse lugar, por que razão sair dalí? O que seria mais importante que estar na presença do Filho?

Bem… a resposta à boa intenção de Pedro é o mais interessante. Jesus não o repreende como em outros relatos. Em vez disso, uma nuvem envolve os três apóstolos (fato que os aterrorizou) e Deus diz: “Este é o meu Filho, o Escolhido; ouçam a ele!”. (Lc 9.35) O que aconteceu ali? O acontecimento serviu para confirmar o testemunho da Lei (Moisés) e dos profetas (Elias) de que Jesus era o Messias. Por mais que o desejo de Pedro de estar ali naquele ambiente muito bom e prazeroso, o intuito de Deus naquilo era outro. Tanto que, em seguida, Jesus desce do monte com os três e se depara com um jovem possesso. De acordo com o comentário do Pr. Russell Shedd a respeito desse texto, “a sequencia da transfiguração e depois a cura do jovem ensinam a necessidade do serviço suceder ao culto. Apenas a permanência no monte do êxtase, sem tentar melhorar a vida dos outros no vale, ou vice-versa, resultam na falta de poder.”

O que tirar disso?

Por mais bem intencionado que Pedro estava, isso não justificou o seu erro. Ele não entendeu o objetivo daquele evento. Paralelamente, imagino que o ex-viciado também tinha a melhor das intenções! Porém ele, assim como Pedro, estava errado. Mas então… seria errado buscar uma vida de contemplação contínua de Cristo? Qual é o problema de se buscar a Deus acima de qualquer outra coisa? Afinal, não há nada mais importante. Certamente. Mas será que ao focarmos demais nessa busca, na experiência da presença de Deus, não estaríamos o fazendo apenas pelo prazer que isso produz em nós? Será que, inversamente, queremos a “presença Dele” somente pelo que isso produz… em nós? Então, a motivação da busca Dele é focada apenas no nosso prazer. Por mais genuíno, lícito e bem intencionado que seja, podemos buscar Deus “apaixonadamente” de maneira completamente equivocada e focada em nós. É uma armadilha sutil, e é por isso que quis abordá-la. Mas não se preocupe, como todo pecado que nos afasta de um real relacionamento com Deus, esse também não é novidade na história.

Misticismo e espiritualidade medieval

Em seu texto Sobre Espiritualidade, Místicos e Neoliberais, o Rev. Augustus Nicodemus descreve um movimento místico medieval que era focado justamente na busca e contemplação irrestrita de Deus. Ele diz:

“Sei que alguns místicos citavam a Bíblia, mas vai uma distância muito grande entre fazer isso e desenvolver uma espiritualidade que seja decorrente da teologia bíblica. A piedade ascética certamente não era moldada pelas Escrituras, a começar pelos votos de abstinência, a auto-flagelação, o isolamento social e uma vida dedicada à contemplação. Para não falar na busca de Deus de forma direta. A mística medieval, com raras e notáveis exceções, é voltada para a experiência interior, para a busca do êxtase, do mistério, de uma comunhão com Deus que não tenha troca de conteúdos, onde o homem não fala teologicamente e Deus também não responde teologicamente.”

Creio que a descrição na segunda parte da citação (grifada por mim) descreve bem até demais a busca de muitos hoje que correm insaciavelmente atrás da “experiência de adoração”.

Estádios lotados e corações vazios

Ao ir a cada evento, a cada culto e ao reproduzir os CDs durante a semana, nós queremos cultivar e de alguma maneira manter aquele “clima gostoso” da adoração. As frases repetidas, as mãos levantadas, a sensação de gritar a plenos pulmões até o ar fugir de nós, o choro, o balanço do corpo de lá para cá ou se ajoelhar e “se prostrar” no chão, o salão à meia luz, o riff de guitarra suave ao fundo… Não queremos perder aquilo. Mas o que talvez seja o aspecto mais assombroso de tudo isso é o fato de que nenhuma adoração parece satisfazer plenamente. É gravação de DVD após CD após evento após “festival de louvor” após “cultaço”… e nunca alcançam o que procuram. Continuam “desesperados de amor” por Cristo, mas parecem nunca encontrá-lo. Agostinho de Hipona disse:

“Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti.”

Se fomos criados para Ele e não encontramos descanso em nenhuma adoração, a conclusão lógica é a de que Deus não está na adoração. A adoração não é um fim em si mesmo, é apenas um dos meios pelos quais nos aproximamos de Deus. Assim como na transfiguração, cabe a nós entendermos o real propósito da adoração e o seu lugar no plano maior da nossa vida com Cristo. Não é a toa que nenhuma experiência de louvor é suficiente, pois Deus não está no louvor. Este é apenas um meio e não um fim.

Enquanto isso, podemos acusar o mercado gospel o quanto quisermos. Podemos apontar para os “mercenários e vendilhões” do templo. Mas a verdade é que eles existem para atender uma demanda que não vem deles. Eles existem porque há uma multidão que busca cultuar o seu prazer, apenas, e não a Deus. E nós cristãos lotamos qualquer praça, auditório, estádio ou casa de shows em busca de nós mesmos.

Voltando ao texto de Stott, temos que constantemente buscar o equilíbrio na vida cristã. A nossa busca será constante, pois não somos capazes de nós mesmos o pecado. Só Cristo pode o fazer. Enquanto vivermos essa vida, seremos escravos não da consequência do pecado, mas da sua influência.

Que Deus nos ajude a perseverar numa peregrinação equilibrada ao cumprirmos o maior mandamento:

Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. (Mateus 22.37)
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Fonte: O blog do Andrew. Fonte: Púlpito Cristão.
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Em Cristo,
Mário

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

TODOS SERÃO SALVOS NO FINAL?




Por Augustus Nicodemus Lopes

Os que acreditam que Deus, no final, vai perdoar, receber e dar a vida eterna a todos os seres humanos são geralmente chamados de universalista ou restauracionistas. Esta última expressão vem de apokatastasis, termo grego tirado de Atos 3:21. Ali, o apóstolo Pedro fala da “restauração de todas as coisas”. Apesar de Pedro estar se referindo à restauração da criação, os universalistas entendem que a salvação de toda a raça humana está incluída no processo.

O universalismo, portanto, é a crença de que, ao final da história deste mundo, Deus haverá de salvar todos os seres humanos, reconciliando-os consigo mesmo mediante Jesus Cristo. Nesta crença, não há lugar para a doutrina da punição eterna, a saber, a ideia de um inferno onde os pecadores condenados haverão de sofrer eternamente por seus pecados.

Muitos podem pensar que o universalismo é coisa recente de pastores modernos, como o famoso Rob Bell, por exemplo. Todavia, a salvação universal de todos é uma ideia muito antiga. O conceito já era encontrado entre os primeiros mestres gnósticos, e constituiu uma heresia que ameaçou o Cristianismo no primeiro século. Cerca de cem anos depois de Cristo, pais da Igreja como Clemente de Alexandria e seu famoso discípulo Orígenes defendiam explicitamente o universalismo. Orígenes acreditava, inclusive, que o próprio diabo seria salvo no final. Já na Reforma do século 16, Lutero, Calvino e os demais protagonistas das mudanças na Igreja igualmente rejeitaram a ideia da salvação universal de todos ao final.

O principal argumento usado em defesa do universalismo é que a Bíblia descreve Deus como sendo essencialmente amor: A consequência lógica é que o amor de Deus haverá de vencer ao final, salvando todos os homens da condenação merecida por seus pecados.

Mas, será que a Bíblia diz que o Senhor é somente amor? Encontramos no Novo Testamento quatro afirmações sobre o que Deus é, e três delas são feitas por João: Deus é “espírito” (João 4.24); “luz” (1João 1.5); e “amor” (1João 4.8,16). A quarta é contundente: “Deus é fogo consumidor” (Hebreus 12.29, reiterando o texto de Deuteronômio 4.24). É claro que essas afirmações não são definições completas de Deus – não têm como defini-lo no sentido estrito do termo –, mas revelam o que ele é em sua natureza. “Deus é amor” significa que ele não somente é a fonte de todo amor, mas é amor em sua própria essência. É importante, entretanto, reconhecer que, se Deus é amor, ele também é espírito, luz e fogo consumidor.

É preciso manter em harmonia esses aspectos do ser de Deus, pois só assim é possível compreendê-lo como um Senhor que é amor e castiga os ímpios com ira eterna. “Fogo” e “luz” são metáforas, é verdade; porém, metáforas apontam para realidades. No caso, elas querem simplesmente dizer: “Deus é santo e verdadeiro; ele se ira contra o pecado e não vai tolerar a mentira. E punirá os pecadores impenitentes.”

O maior problema que os universalistas enfrentam é lidar com as passagens da Bíblia onde, claramente, se estabelece uma divisão na humanidade entre salvos e perdidos e aquelas outras onde, abertamente, se anuncia o inferno como o destino final dos pecadores não arrependidos. A divisão da humanidade em salvos e perdidos é central nas Escrituras do Antigo Testamento (Deuteronômio 30.15-20; Jeremias 21.8; Salmo 1; Daniel 12.2 e muitas outras). Foi o próprio Jesus quem anunciou esta divisão de maneira clara no seu sermão escatológico, ao profetizar o juízo final onde a humanidade será repartida entre ovelhas e cabritos – sendo os segundos destinados ao fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos, ao contrário daqueles destinados à felicidade eterna (Mateus 25.31-46).

Foi o próprio Jesus quem anunciou a realidade do inferno, mais do que qualquer outro personagem do Novo Testamento: “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno”(Mateus 5.29); “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo (10.28). Mais adiante, no capítulo 23 do evangelho de Mateus, a advertência de Cristo é clara: “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?”

No evangelho de Marcos, uma série de admoestações alerta sobre a realidade do inferno. Ao longo de três versículos do capítulo 9, o Mestre diz que é melhor ao fiel perder uma mão, um pé ou um dos olhos a ser “lançado no inferno”, caso aqueles membros o levem ao pecado. Já Lucas registra um diálogo travado entre Abraão, o patriarca, e um homem rico e impiedoso que foi lançado no fogo eterno, descrito como um lugar de “choro e ranger de dentes”. E, finalmente, uma passagem do evangelho de João explica bem a diferença entre morrer crendo ou rejeitando a salvação: “Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam”(João 15.6).

O universalismo é um erro teológico grave. Na verdade, mais que isso, é uma perigosa heresia. Além de não pertencer ao mundo teológico dos autores do Antigo Testamento e do Novo Testamento, a ideia da salvação universal traz diversos riscos.

Em primeiro lugar, por enfraquecer e, finalmente, extinguir todo espírito missionário e evangelístico. Se todos serão salvos ao final – inclusive os ímpios renitentes, pecadores não convertidos, incrédulos e agnósticos –, por que pregar-lhes o Evangelho? Os universalistas transformam a chamada ao arrependimento da Igreja num simples anúncio auspicioso de que todos já estão salvos em Cristo, e traveste sua missão em apenas ação social.

Segundo, porque essa doutrina falsa, levada às últimas conseqüências, acarreta necessariamente no ecumenismo com todas as demais religiões mundiais. Se todos serão salvos, as religiões que professam não podem mais ser consideradas certas ou erradas, e se tornam uma questão indiferente. Logo, o correto seria buscar uma união de todos, pois ao final teremos todos o mesmo destino.

Por último, o universalismo é um forte incentivo a uma vida imoral. Por mais que sejamos refratários à ideia das pessoas fazerem o que é certo por terem medo do castigo de Deus, ainda assim, temer “aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma quanto o corpo” (na descrição de Mateus 10.28) ainda é um dos mais poderosos incentivos de Jesus para que vivamos vida santa e reta. A tendência natural do pecador que está seguro de que não sofrerá as consequências de seus pecados é mergulhar ainda mais neles. Assim, o universalismo retira os freios da consciência e abre as portas para uma vida sem preocupações com Deus.

O fato de que eu defendo a verdade bíblica do sofrimento eterno dos ímpios não significa que eu tenha prazer nisto. Só deveríamos falar deste assunto com lágrimas nos olhos e uma oração pelos perdidos em nossos lábios.

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Augustus Nicodemus é pastor, escritor, teólogo reformado e publica suas reflexoes no blog “O Tempora, O Mores!
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Fonte: Púlpito Cristão
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Em Cristo,
Mário

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

FELICIANO DIZ QUE SE A IGREJA NÃO TEM CONDIÇÕES, DEUS USARÁ DEMÔNIOS

AMADOS IRMÃOS E LEITORES DO BLOG,VEJAM O VÍDEO,LEIAM TEXTO ATENTAMENTE E VEJAM SE ESSE TAL DE MARCO FELICIANO, É OU NÃO É, UM HEREGE E DESCONHECEDOR DA VERDADE QUE A BÍBLIA NOS ENSINA.

INDIGNADO,
MÁRIO

O vídeo que circula na Internet é parte da pregação de Marco Feliciano em um evento no sul do país denominado CLAMA SUL realizado no dia 02 de novembro. No vídeo, Marco Feliciano diz contar com o apoio de 600 terreiros de macumba e de suas entidades para continuar sendo o representante da “família brasileira”.

Até aqui, não me surpreende, afinal, as heresias, os desvios teológicos e o câncer do sincretismo religioso, são vistos comumente em todo movimento neopentecostal e seus pilares. A questão crucial fica por conta da declaração final de Feliciano que em alto e bom som declarou que Jesus disse-lhe: “…QUANDO A IGREJA NÃO SE LEVANTA E NÃO PODE, EU LEVANTO ATÉ DEMÔNIO…”

Nesse momento, aqueles que estavam o ouvindo, o aplaudiram, celebrando umas das declarações mais desgraçada que já tive o desprazer de ouvir e comentar até o presente momento.

A Bíblia que tenho, leio e creio, diz: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” Mateus 16:13-19.

O texto claramente nos apresenta que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja, visto que é edificada pelo Senhor. Ora, se a igreja está fundamentada e edificada em Cristo, por quais razão ela não se levantaria ou não poderia fazer algo a ponto que fosse necessária a ajuda de demônios?

Pois é, para nossa tristeza, a declaração de Feliciano, além de antibíblica, é diabólica, pois está atribuindo um poder maior ao inferno, como se a Igreja estivesse limitada aos poderes de demônios.

Prezado amigo, lamentavelmente parte da igreja relativizou as Escrituras e estão dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios.

Feliciano não é o único, nem o primeiro, e infelizmente não será o ultimo homem a se desviar e influenciar a apostasia em massa, cabe a nós, buscar em Deus sabedoria, conhecimento e principalmente discernimento para nos afastar de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência e consequentemente nos aproximar de Deus através da Graça, do Amor em Cristo.

Isto posto, concluo parafraseando Carlos Bregantim, a Igreja de Jesus vai muito bem, pois, ela existe nEle. Quanto às instituições religiosas e o mercado religioso, bem, estes vivem segundo as intempéries do próprio mercado, cujas regras são outras.

A Igreja de Jesus tem a ver com o Evangelho e as pessoas. As instituições religiosas e o mercado religioso tem a ver com o próprio mercado e suas regras mercadológicas e seus consumidores ou clientes.

Feliciano sabe disso, eu sei disso e muitas pessoas sabem disso. E você?

Minha oração é que Deus abençoe a todos!

[Paulo Alves de Melo Júnior]

Fonte: Púlpito Cristão
Em Cristo,
Mário


A FANTÁSTICA FAMA GOSPEL DO THALLES ROBERTO



Por Mikaela Campos

Eu queria entender o Thalles Roberto. Sério. Queria muito entendê-lo mesmo. Ele, que no início da sua carreira como cantor evangélico, mostrava estar realmente convertido, hoje demonstra estar preocupado em espalhar sua fama pelo país. Ele tem até loja virtual na internet para vender o CD “mais esperado do Brasil”. E nesse comércio virtual, não faltam opções de produtos gospel. Camisas com o nome do cantor, case para iPhone, pulseira com a frase “Eu escolho Deus”, moletons. Nesse site há uma coleção completa de moda e artigos de culto ao Thalles.

Assim como aconteceu no passado, onde reis que governavam ou que fizeram Israel cativo queriam ser adorados como deuses, Thales construiu uma idolatria envolta de sua própria imagem. O bezerro de ouro de Thales é ele mesmo. Posso estar errada, mas a pessoa que faz um boneco próprio tem um grave problema narcisista.

Em sua loja virtual, o senhor Thalles Roberto vende seu boneco Thalleco. Expliquem-me: por que comprar um boneco do Thalles? Ele não deveria ser apenas um cantor que transmite a mensagem do Evangelho por meio da música?


No meio dessa indústria idólatra do gospel, o que mais me entristece é ver pessoas e mais pessoas correndo atrás desse tipo de coisa em vez de se voltar para o Evangelho da Cruz.

Vamos orar para que uma transformação ocorra na Igreja de Cristo no Brasil, para que o país possa se converter de forma legítima e verdadeira. Vamos orar para que nossas igrejas se libertem da escravidão e da idolatria. Vamos orar pelo verdadeiro avivamento e pela verdadeira adoração. Vamos orar pela verdadeira pregação do Evangelho. Vamos orar…
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Mikaela Campos ficou famosa nos blogs cristãos por seu afinco com o lado investigativo. Silas Malafaia e René Terra Nova sabem do que estou falando. Além disso ela é jornalista da Gazeta On Line e escreve no blog Minha Vida em Cristo Sem Heresias.

Fonte: Púlpito Cristão
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Em Cristo,
Mário César

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Igreja Bola de Neve tenta impedir lançamento e venda de livro: será a tal perseguição religiosa profetizada nas Escrituras?


by Estrangeira

Está vendo a imagem ao lado? É a capa do livro do A grande onda vai te pegar: mídia, mercado e espetáculo da fé na Bola de Neve Church, do autor Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Filho, publicado pela Fonte Editorial. O lançamento foi no dia 30 de outubro, e hoje, quando tentei comprar o livro pelo site da editora, que estranho! Não havia nenhuma citação sobre o mesmo.

Na verdade é estranho para quem não conhece os fatos. A verdade é que a igreja do Apóstolo (?) Rina resolveu entrar na justiça contra o lançamento e publicação da obra.

Antes de mais nada, precisamos fazer algumas definições.

Primeiro, a obra citada não traz a simples opinião do autor. É um trabalho acadêmico. É baseada na dissertação do autor para a obtenção do mestrado em história pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Para quem não sabe (espero que o apóstolo [?] Rina e seus advogados saibam!), um trabalho acadêmico é construído através da opinião de vários autores. Qualquer citação que se faça tem que partir de uma fonte. Tudo o que se diz nesse tipo de trabalho tem que ter uma referência, não pode ser simples invenção do autor. Há toda uma metodologia científica a ser adotada. O autor do trabalho precisa contar com um professor-orientador, e no final ainda se tem que passar pela avaliação de uma banca de professores. Ou seja, a obra de Eduardo Meinberg não é simplesmente um livrinho de historinhas gospel, mas é um trabalho acadêmico, um livro que poderá servir de base de pesquisas para outras futuras obras sobre o assunto, que poderão, a seu tempo, trazer novas luzes para o fenômeno do neopentecostalismo no Brasil.




Estrutura de um trabalho acadêmico. Quem já fez (o apóstolo [?] Rina e seus advogados acho que já fizeram!) sabe o "trabalho" em pesquisas que dá!

Sendo um trabalho científico, uma obra acadêmica, um estudo, por que a Igreja Bola de Neve tentaria impedir que tal material chegue ao público? Qual o medo que uma obra, pautada em observações e estudos de outros autores pode trazer à denominação?

Segundo, quem é Eduardo Meinberg, o autor da perseguida obra A grande onda vai te pegar? É um espertinho que quer ganhar dinheiro investindo em livrinhos de leitura fácil gospel? As informações abaixo foram retiradas do seu Currículo Lattes (algo que o apóstolo [?] Rina e seus advogados conhecem, tenho certeza, é claro!!!):

"Doutorando em História Social pela USP, mestre em História pela UDESC (2010), especialista em Marketing e Comunicação Social pela Fundação Cásper Líbero (2002), bacharel e licenciado em História pela USP (1999). Membro da Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR) e do GT História das Religiões e Religiosidades da Associação Nacional de História (GTHRR/ANPUH). Integrante da comissão editorial dos periódicos: a) Revista Brasileira de História das Religiões, do GTHHR/ANPUH (ISSN 1983-2850), b) PLURA - Revista de Estudos de Religião da ABHR (ISSN 2179-0019), c) Angelus Novus - Revista dos alunos de pós-graduação em História da USP (ISSN 2179-5487) e d) História Agora - Revista de História do Tempo Presente (ISSN 1982-209X). Pesquisador do NEHO - Núcleo de Estudos em História Oral da USP, do GREPO - GP Gênero, Religião e Política da PUC/SP e do GEPP - GE Protestantismo e Pentecostalismo da PUC/SP. Tenho experiência na área de História Contemporânea, pesquisando temas relacionados a religião e religiosidades: marketing, espetáculo e ciberespaço / canção gospel / intolerância / transgeneridade, transexualidade, travestilidade / igrejas inclusivas LGBT / ateísmo e descrença / profissionais do sexo / heavy metal. No mestrado pesquisei sobre marketing, espetáculo e ciberespaço na Bola de Neve Church. No doutorado pesquiso bricolagens e trânsitos religiosos de pessoas que se definem em trânsitos de gênero. Contato: edumeinberg@gmail.com
(Texto informado pelo autor)"

Essa é só uma breve apresentação do autor da obra que, não se sabe porquê, está sendo impedida de ser vendida pela Igreja Bola de Neve. Eduardo Meinberg tem dezenas de trabalhos publicados, que podem ser acessados em seu Currículo Lattes. Se fôssemos também colocar o currículo do orientador, do pessoal da banca avaliadora, o próprio histórico da Fonte Editorial (conhecida pela publicações de obras acadêmicas cristãs), aí ninguém mais iria ler esse artigo.

Um autor com esse currículo mancharia sua reputação e história com um livrinho de contos gospel que buscasse apenas denegrir ou prejudicar quem quer que fosse, sem nenhum embasamento?




Liberdade de expressão boa é aquela que só serve para defender a gente. Se for contra a gente não vale!!!

Terceiro, a tal da "liberdade de expressão". É muito bonito ouvir essa expressão nas Marchas para Jesus, quando os líderes gospel e os políticos em cima do palco principal a bradam e fazem a plateia repetir, em referência à liberdade que querem para denunciar o homossexualismo. Porém, a tal "liberdade de expressão" só vale quando é favorável ao líder gospel. Esse negócio de "liberdade de expressão" para homossexuais, críticos e autores de livros acadêmicos tem que ser reprimida a qualquer custo.

Ora, o que um livro acadêmico pode trazer de tão ruim para a Igreja Bola de Neve e seu apóstolo (?) Rina, para que tenham que acionar seus advogados contra a publicação? Será que têm algo a esconder?

No dia 30 de outubro passado "quase que não foi" o lançamento do livro A grande onda vai te pegar. É que no local surgiram dois rapazes de porte bastante avantajado, seguidos de advogados, que queriam impedir o lançamento. Dias antes tinham aberto um "agravo de instrumento", que foi INDEFERIDO pelo juiz responsável. O "agravo de instrumento" está disponível aqui. Mas, mesmo com a presença intimidante dos enviados da Bola de Neve, o lançamento ocorreu.

Mas... como já disse, quem visita o site da Fonte Editorial não vê nem sombra de um livro que foi lançado uma semana atrás. Será que simplesmente não atualizaram o site, perdendo assim a chance de vender a obra, ou será que houve algo mais? Uma ovelhinha cristã me contou que a editora foi notificada pelos advogados do apóstolo (?) Rina e sua igreja, para que retirassem o livro do mercado. Essa ovelhinha também disse que o apóstolo (???? - ops, travou a tecla) Rina está entrando com uma AÇÃO CIVIL contra o autor, Eduardo Meinberg. E que está tendo culto na tal igreja com "orações fortes", determinando a queda do "inimigo" e a vitória judicial.

Ah, mas sinceramente não acredito que eles estejam fazendo isso!!! Não acredito mesmo!!!! Eu que sou menos inteligente jamais daria um tiro no pé desses!!!

E você, o que acha?

Enfim, não temos o livro (ainda!) mas tem a tese de mestrado que deu origem ao livro, que podemos apreciar até que o livro resolva aparecer nas livrarias do país. Assim que aparecer, recomendo a compra e a leitura, pois é um assunto muito pertinente nesses dias em que vemos muitas das profecias bíblicas se cumprindo.

"Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte." - 2 Coríntios 12:10

"Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos." - 2 Coríntios 4:9

"Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus." -; Mateus 5:10




Quando as Escrituras se cumprirem, até no Brasil teremos perseguições aos cristãos. Será que, sutilmente, já não estamos começando a viver isso?

"E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane;
Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.
Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.
Mas todas estas coisas são o princípio de dores.
Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vosão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.
Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarào.
E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.
E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará.
Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.
E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda;
Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes;
E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa;
E quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes.
Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias!
E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado;
Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver.
E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.
Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito;
Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos." - Mateus 24:4-24

Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!

 Fonte:Estrangeira  
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Em Cristo,
Mário César de Abreu

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Afinal, o que é orar?


[Alguns vão estranhar que um calvinista escreva sobre oração e mais ainda se eu disser que costumo orar todo dia... mas, aqui vai]


Orar a Deus deveria ser uma coisa simples. Todavia, poucos assuntos precisam de mais esclarecimentos do que a oração. Há muitos conceitos errados sobre a oração por causa do misticismo e da superstição que acometem o ser humano (não somente os brasileiros), por falta de mais conhecimento bíblico sobre o assunto e por causa de ideias equivocadas que as pessoas têm sobre Deus. Seguem alguns pontos sobre oração que penso que são fundamentais e também relevantes para nós hoje. Estou pressupondo o básico: quem vai orar acredita que Deus existe e que Ele recompensa os que o buscam (Hb 11.1-2 e 6).

1 – Orar é basicamente apresentar a Deus, mediante Jesus Cristo e com a ajuda do Espírito Santo, nossos desejos, necessidades, confissão de pecados, intercessões, agradecimentos. A razão é que somente o Deus Triúno conhece nossos corações, é capaz de atender os pedidos e o único que pode perdoar pecados. Portanto, não há qualquer fundamento bíblico para dirigirmos nossas orações a quaisquer criaturas, vivas ou mortas, mas somente ao Deus Triúno (2 Sm 22:32; 1Rs 8:39; Is 42:8; Sl 65:1-4;145:16,19; Mq 7:18-20; Mt 4:10; Lc 4:8; Jo 14:1; At 1:24; Rm 8:26-27; Jo 14:14 e dezenas de outros textos que falam de nos dirigirmos a Deus).

2 – O Novo Testamento nos ensina que devemos orar a Deus em nome de Jesus Cristo. A razão é que o pecado nos afastou de Deus e não podemos nos aproximar dele por nossos próprios méritos. Jesus Cristo é o único, na terra e no céu, que foi constituído pelo próprio Deus como mediador entre ele e os homens. Não há qualquer base bíblica para se chegar a Deus em oração pela mediação de qualquer outro nome. A Bíblia nos ensina que “não há outro nome dado aos homens” (At 4:12) e que “há somente um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo” (1Tim 2:5). (Ver ainda Jo 14:6; Ef 3:12; Cl 3:17;Hb 7:25-27;13:15).

3 – Orar em nome de Jesus é nos achegarmos a Deus confiados nos méritos de Jesus Cristo e no perdão de pecados que ele nos conseguiu por meio de sua morte na cruz. É pedir a Deus com base nos merecimentos de Cristo e não nos nossos. É renunciar a toda justiça própria e chegarmos esvaziados de nós mesmos diante de Deus, nada tendo para oferecer em nosso favor a não ser a obra daquele que morreu e ressuscitou por nós. Onde não houver esta disposição e atitude, invocar o nome de Jesus é vão. O nome de Jesus não é um talismã ou uma palavra mágica, ou a senha para desbloquear as bênçãos de Deus. Não funciona nos lábios daqueles que ainda confiam em si mesmos e na sua própria justiça, ainda que repitam este Nome dezenas de vezes em oração (Mt 6:7-8; 7:21; Lc 6:46-49; Jo 14:13,14; At 19:13-16; 1Jo 5:13-15; Hb 4:14-16).

4 – Embora possamos pedir a Deus qualquer coisa que desejarmos, todavia, só deveríamos orar por aquelas que trazem a maior glória de Deus, que promovem o crescimento do Reino de Deus neste mundo e que são para nosso bem, sustento, proteção, alegria, bem como de nosso próximo. Foi isto que Jesus nos ensinou a pedir na oração do “Pai Nosso” (Mt 6:9-13), além de outras coisas afins (Lc 9:11-13). Assim, é tentar a Deus orarmos por coisas ilícitas e pedir coisas que Ele declara, na Bíblia, serem contra a sua vontade (Tg 4:1-3; Mt 20:20-28).

5 – Em nossas orações, deveríamos nos lembrar de orar por outras pessoas. A Bíblia nos ensina a pedir a Deus pelos irmãos em Cristo, pela Igreja de Cristo em todo o mundo, pelos governantes, por nossos familiares e pessoas de todas as classes, inclusive pelos nossos inimigos. Todavia, não há qualquer base bíblica para orarmos pelos que já morreram ou oferecer petições em favor dos mortos (Gn 32:11; 2Sm 7:29; Sl 28:9; Mt 5:44; Jo 17:9 e 20; Ef 6:18; 1Tm 2:1-2; 2Ts 1:11; 3:1; Cl 4:3).

6 – Deus nos encoraja a trazer diante dele as nossas petições. Todavia, ainda que a eficácia de nossas orações dependa exclusivamente dos méritos de Cristo, Deus nos ensina em sua Palavra que há determinadas atitudes nos que oram que fazem com que ele não atenda estas orações, como brigas entre irmãos, mundanismo e egoísmo, tratar mal a esposa, pecados ocultos, incredulidade e dúvidas, falta de perdão a quem nos ofende, hipocrisia, vãs repetições, entre outras coisas (Mt 5:23-24; Tg 4:1-3; 1Pe 3:7; Sl 66:18; Pv 28:13; Is 59:1-2; Tg 1:6-7; Mt 6:14-15; Mt 6:5; Mt 6:7-8). Por outro lado, se nossas orações são respondidas, isto não se deve à nossa santidade, mas à graça de Deus mediante Jesus Cristo, que nos habilita a viver de forma agradável a ele (1Jo 3:21-22), e ao fato de que as orações, por esta mesma graça, foram feitas de acordo com a vontade de Deus (1Jo 5:14).

7 – Deus requer fé da parte dos que oram (Hb 3:12; 11:6; Jer 29:12-14; Tg 1:5-8; 5:15). Esta fé é uma simples confiança de que Deus existe, que ele nos aceitou plenamente em Cristo e que é poderoso para nos dar aquilo que pedimos, ou então, nos dar muito mais do que imaginamos (Hb 4:14-16). Orar com fé é trazer diante de Deus nossas necessidades e descansar nele, confiantes que ele responderá de acordo com o que for melhor para nós (1Jo 5:14-15). Orar com fé não significa determinar a Deus que cumpra nossos pedidos, ou decretar, como se a oração tivesse um poder próprio, que estes pedidos aconteçam. Orações não geram realidades espirituais e nem engravidam a história. É Deus quem ouve as orações e é Ele quem decide se vai respondê-las ou não, e isto de acordo com sua vontade e propósito de sempre nos fazer bem.

Se houvesse mais oração verdadeira a Deus por parte dos que professam conhecê-lo mediante Jesus Cristo, quem sabe veríamos aquele avivamento e reforma espirituais que tanto desejamos para nossa pátria?

“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Cron 7:14).
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Rev. Dr. Augustus Nicodemus Lopes
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Em Cristo,
Mário

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

THALLES ROBERTO E ALINE FRANZOI NO PROGRAMA DO JÔ: UM SHOW DE IRRELEVÂNCIA EVANGÉLICA

Por Antognoni Misael

Ontem foi a noite da irrelevância evangélica no Programa do Jô. Isto por que entrevistar numa só edição o Thalles Roberto e a Aline Franzoi só nos revelou o quanto o mundo gospel faliu para Deus e surgiu imponente para Mamom. Astros multicoloridos, um com a capa do sagrado, outra se despindo para o profano.

A “lezeragem” começa no próprio apresentador. Quem tem o mínimo de senso crítico percebe o quanto Jô Soares tem o “dom” de estar diante de um vaso de ouro mas preferir por dentro dele os diferentes tipos de coliformes fecais. Não que o Thalles seja o vaso ou coliforme, mas, dei-me paciência, quanta “água” para uma conversa com o maior astro gospel nacional dos últimos meses, não é verdade?

A noite foi decepcionante para os que aguardaram até tarde ver o ‘Thalleco pressão’, cheio do espírito santo. Ali jazia um cantor que vive seu auge de fama, só. Talvez um pouco perdido pelo próprio conflito de estar entre ser “o astro” ou um simples servo que almeja falar de Cristo e de sua beleza. Seu suposto lado pastor inexistiu naquele sofá, e os 18 minutos de entrevista se resumiram em falar de tampinha de garrafa, mijada, capiroto, e uma triste cagada no palco em Fortaleza-CE ao executar um daqueles agudos na canção “ô meu irmãozinho” – bizarro!

Façamos jus a péssima qualidade da entrevista e reconheçamos que os ventos daquele bate-papo foram soprados pelo entrevistador, mas, tristemente, em nenhum momento Thalles demonstrou vontade de pegar o leme do barco e ir para outra direção. Ali não se viu a postura de alguém que levanta a bandeira do Evangelho genuíno e vive para ele, mas a de um mero representante do segmento gospel encharcado de vaidade, glória e fama que tá curtindo a vida nas melhores demandas que antes o mundo não lhe concedera.

Concordemos que novamente o Thalleco perdeu uma ótima oportunidade para falar da maravilhosa Graça de Deus em sua vida (se é que ele a conheceu), situação esta que já passa a ser coerente com o que ele tem nos apresentado em suas aparições na mídia.

No bloco seguinte veio a pior parte, a modelo dita evangélica, Aline Franzoi, que popularizou sua beleza atuando como ring girl nas competições de UFC, que terminou por melar tudo. No entanto, paradoxalmente ela foi mais coerente e direta. Note, ela deixou seu recado bem exposto ao mundo e ainda arrancou suspiros do apresentador, da platéia e segundo insinuou Jô (acredito eu por pura malvadeza), até do Thalles: – “Você precisa ver a cara to Thalles Roberto quando você fala isso”, disse ele a modelo em relação à depilação de suas partes íntimas quando olhava sua playboy (o que fez com que Thalles percebendo a armadilha e sagacidade do gordo, prontamente desconversasse a questão e falasse da depilação em seu rosto que teria doido pacas…)- clique aqui e veja no min 7.

Depois de tanta irrelevância, oremos e ao mesmo tempo pensemos se estas palavras do mestre: “Pai, perdoai-os porque eles não sabem o que fazem.” (Lucas 23:34) fossem em relação a estes famosos que levam o nome de “evangélicos” no Brasil – será que elas serviriam para esse contexto?
Abaixo a entrevista completa do Thalles:

LINK DA ENTREVISTA DE ALINE FRANZOI. CLIQUE AQUI.
Fonte:Púlpito Cristão.
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Indignado,
Mário César de Abreu  

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