quinta-feira, 28 de abril de 2016

Deus, a esperança da nação


 
 
Por Hernandes Dias Lopes
 
 
 


“Porque o Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador, o Senhor é o nosso Rei; ele nos salvará” (Is 33.22).
O Brasil atravessa uma crise aguda, agônica, endêmica e sistêmica. A crise é moral, política, econômica, social e religiosa. A capilaridade da crise se espraia e cresce como tumores metastáticos, deixando a nação anêmica. Essa crise enfiou seus tentáculos nos poderes constituídos, deixando-os apequenados aos olhos da nação. Os poderes judiciário, legislativo e executivo foram severamente atingidos, deixando o povo brasileiro desassistido de esperança.

O texto em epígrafe, acende uma réstia de luz em nosso caminho, revelando-nos que nossa esperança não está nos homens, mas em Deus. Nosso socorro não vem da terra, mas do céu. Nossa salvação não está nos poderes constituídos da República, mas no Senhor Deus, nosso juiz, legislador e rei. Deus concentra em suas mãos esse tríplice poder. Seu trono jamais se enverga sob a pressão dos criminosos para se livrarem de seus delitos. Suas leis jamais se rendem aos interesses inconfessos e escusos dos perversos para protegê-los. Seu governo jamais se fragiliza diante dos rumores da história ou dos estertores das ruas. O trono de Deus está, imperturbavelmente, estabelecido. Deus reina soberano e absoluto em todo o universo. Ele levanta reinos e abate reinos. Levanta reis e depõe reis. Ele faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade. Aquele que está assentado na sala de comando do universo tem as rédeas da história em suas onipotentes mãos.

Os juízes da terra podem falhar, e falham. Os legisladores podem se corromper, e se corrompem. Os governantes podem perder a governabilidade, e perdem. Mas, o trono de Deus jamais será abalado. Suas leis jamais caducam e sua justiça jamais é torcida. Seu poder jamais se enfraquece. Seu juízo jamais se corrompe. Deus é o nosso juiz, legislador e rei. Nele está a nossa esperança. Dele vem a nossa salvação.

Deus é a base e o construtor do poder judiciário. Seu trono de justiça é o modelo para todos aqueles que julgam. Os tribunais da terra, não raro, por desprezarem esse paradigma, manipulam as leis, torcem a justiça, condenam o inocente e inocentam o culpado. Deus é, também, o alicerce e o edificador do poder legislativo. Ele é o legislador supremo. Suas leis são justas e verdadeiras. Observá-las é viver sob o manto da bem-aventurança; porém, transgredi-las é expor-se ao opróbrio e à vergonha. Deus é, ainda, o fundamento e o arquiteto do poder executivo. O Senhor é o nosso rei. Seu trono é eterno. Seu governo jamais terá fim. Mesmo nos tempos mais turbulentos da história, nas crises mais avassaladoras que atingiram os homens, Deus jamais perdeu o controle. A história não está à deriva; caminha para uma consumação gloriosa, onde a vitória retumbante será do Senhor e do seu Cristo.

O texto em tela, não apenas acentua a verdade incontroversa de que Deus é o nosso juiz, legislador e rei, mas nos garante, também, de forma insofismável, que ele nos salvará. Aqui colhemos decepções e mais decepções com os homens. Aqui, aqueles que vestem a toga da justiça, muitas vezes, maculam-na com a nódoa da corrupção. Aqui, aqueles que legislam, muitas vezes, vendem sua consciência, para fazerem leis injustas, para favorecer os inescrupulosos, empanturrados de ganância. Aqui, aqueles que governam, muitas vezes, aparelham o Estado, para esconder seus crimes e oprimir o povo a quem deveriam servir com abnegação e respeito. Ah, os homens nos decepcionam! Mas, Deus, nosso juiz, legislador e rei nos salvará. Ele é a nossa esperança. Dele vem o nosso socorro!
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Fonte: hernandesdiaslopes.com.br
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Em Cristo,
Mário

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Fatos sobre a Páscoa no Antigo e Novo Testamentos


A páscoa foi instituída por Deus durante o período da escravidão no Egito e serviu como o sinal de libertação do povo da aliança, primeiro, da própria ira de Deus que trouxe a morte dos primogênitos do Egito, mas livrou da morte, pelo sangue do cordeiro pascal, os primogênitos dos israelitas.
Depois da libertação a ocasião foi marcada entre as grandes festas religiosas de Israel e faz parte da Lei Cerimonial do Antigo Testamento, com a obrigação de que todo o povo a celebrasse e cumprisse a cada ano.
Três elementos simbólicos deveriam lembrar os participantes daquele evento fundamental de libertação do povo: as ervas amargas (a amargura da escravidão e o clamor por libertação seriam lembrados – fomos escravos e agora somos livres), os pães asmos (sem fermento, lembrando a pressa da saída e a corrupção do “fermento” que ficou para trás no Egito) e, principalmente, o cordeiro imolado (que foi consumido em cada família e o sangue colocado nos umbrais da porta para que o Senhor não trouxesse a praga destruidora sobre aquela casa; entende-se que o termo pesach seja, então, “passar por cima”)
Esta festa tem uma data fixa: dia 14 de Nisã. A festa tinha uma duração de alguns dias. No dia 10 do mês era escolhido o cordeiro “sem defeito, macho, de um ano”. Ele era guardado até o dia 14 para ser imolado e consumido pelas famílias. No final do dia 14 (iniciando o dia 15), até o dia 21 do mês, por sete dias, era celebrada a festa dos pães asmos. Nestes dias era proibido ter fermento em casa, do primeiro até ao sétimo dia.   
Muitas vezes passa desapercebido ao leitor da Bíblia que nas grandes festas bíblicas havia uma santa convocação e estas são chamadas no texto bíblico de shabbat, (“descanso solene – Lv 23:24) traduzidos para a maioria das línguas como “sábado”, que, para nós, significa o sétimo dia de uma semana corrida. Porém, durante as festas, o shabbat da festa não era correspondente ao sétimo dia semana comum, mas sim, ao dia da convocação deste descanso. Assim, um shabbat de uma festa, por exemplo, poderia cair no sexto dia da semana comum, provocando dois shabbats consecutivos (o que nós chamaríamos de feriadão!).
Para efeito da verdade, e não para controvérsias, em lugar nenhum do Novo Testamento é dito que a crucificação do Senhor foi na sexta-feira, mas no dia anterior ao sábado da festa dos pães asmos (o que poderia ser qualquer dia da semana - Marcos 15:42). Este tema não é novo e é motivo de grandes discussões entre estudiosos, ainda que, no final das contas, a marcação do dia da crucificação seja indiferente para os cristãos (e deveria ser, exatamente para arrancar de nós este misticismo louco que cerca este dia!).
Por que isto? Porque há de se fazer uma clara distinção entre o cerimonial da páscoa judaica, lei cerimonial do Antigo Testamento e que foi celebrada pelo Senhor Jesus (que era judeu e cumpriu toda a lei), festa durante a qual Ele mesmo foi crucificado, sendo Ele mesmo o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e a sua clara ordenança a respeito da páscoa:
"Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados." (Mateus 26:26-28)

Logo, no cristianismo bíblico, celebramos a páscoa todas as vezes que obedecemos ao mandamento do Senhor e celebramos a Santa Ceia ou Ceia do Senhor. Esta é a nossa páscoa.
Quanto ao ovo e ao coelho, bem, não me parecem estar mencionados no Antigo ou Novo Testamentos.*
Mauro Meister  
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Fonte: O Tempora O Mores
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Em Cristo,
Mário

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Governantes, ouçam a Palavra de Deus!

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O Brasil vive um dos momentos mais sombrios de sua história. Há uma crise de integridade que atinge o coração da nação. A corrupção tornou-se endêmica e sistêmica e se infiltrou na vida política de forma contumaz. O descrédito do povo com os políticos é quase absoluto. É tempo dos governantes ouvirem a Palavra de Deus!

Em primeiro lugar, o governante que promove o relativismo moral faz o povo gemer. “Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira” (Pv 29.2). O perverso é aquele que não leva Deus em conta em suas ações e escarnece de verdade. O perverso aplaude o que Deus reprova e repudia o que Deus determina. O perverso transtorna a sociedade ao conspirar contra os valores absolutos que devem reger a família, estabelecendo em seu lugar o relativismo ético que desemboca na decadência da nação. Estamos assistindo uma inversão de valores em nossa sociedade. Aqueles que deveriam defender os sadios preceitos da ética são os mesmos que a atacam como escorpiões do deserto.

Em segundo lugar, o governante que aumenta impostos para tapar os buracos de seus gastos perdulários transtorna a terra. “O rei justo sustém a terra, mas o amigo de impostos a transtorna” (Pv 29.4). Aqueles que governam são autoridades constituídas por Deus para promoverem o bem e coibirem o mal. Os governantes são diáconos de Deus para servirem ao povo em vez de se servirem do povo. Os governantes devem receber dos governados todo respeito e os governados devem pagar aos governantes tributos. Porém, quando os governantes deixam de ser gestores responsáveis, abrindo a torneira da corrupção e gastando perdulariamente os recursos que deveriam ser investidos na promoção do bem, exigindo mais impostos para cobrir esse rombo, esses governantes transtornam a terra, afligem o povo e tornam-se um flagelo para a nação.

Em terceiro lugar, o governante que está mal assessorado corrompe toda a estrutura do seu governo. “Se o governador dá atenção a palavras mentirosas, virão a ser perversos todos os seus servos” (Pv 29.12). Todo governante é assessorado por pessoas de sua confiança. Se esses assessores são pessoas de caráter disforme, bajuladores mentirosos, que ocultam a verdade, torcem os fatos e aviltam a justiça, esse governante acaba criando uma escola de perversidade e estabelecendo uma cultura de mentira e corrupção em toda a nação. Os governantes precisam ser exemplo de integridade para o povo. Se eles, porém, se tornam repreensíveis, a nação toda é induzida à prática das mesmas perversidades.

Em quarto lugar, o governante que cuida dos pobres e cuja prática da justiça é o avalista de suas palavras tem a aprovação de Deus e o apoio do povo. “O rei que julga os pobres com equidade firmará o seu trono para sempre” (Pv 29.14). Os governantes populistas dizem que lutam pelo povo, mas apenas usam o povo, para desviar os recursos que deveriam atender as necessidades do povo, a fim de se locupletarem e se manterem no poder. As ações dos governantes precisam ser o avalista de suas palavras. Quando os governantes agem com justiça, para defender os direitos daqueles que não têm vez nem voz, ganham com isso, a aprovação de Deus, o apoio do povo e firmam assim o seu governo. A Escritura diz: “O príncipe falto de inteligência multiplica as opressões, mas o que aborrece a avareza viverá muitos anos” (Pv 28.16).

Em quinto lugar, o governante que se rende à corrupção transtorna a sua vida e perde a autoridade para governar. “O que tem parte com o ladrão aborrece a própria alma; ouve as maldições e nada denuncia” (Pv 29.24). Um governante íntegro não negocia princípios e valores. Não se rende à sedução da riqueza ilícita nem à pressão dos poderosos para auferir vantagens. Os governantes que entram em esquemas de corrupção, tornam-se prisioneiros do crime e reféns dos criminosos. Perdem a autoridade para investigar e punir os delinquentes que fazem falcatruas subterrâneas para assaltar os cofres públicos. Aqueles que governam precisam fazê-lo com probidade e lisura, a fim de que a nação erga o estandarte da ordem e do progresso.

Fonte: hernandesdiaslopes.com.br
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Em Cristo,
Mário César de Abreu

segunda-feira, 28 de março de 2016

A MENSAGEM DA CRUZ E AS MENSAGENS DOS HOMENS


Por Mário César de Abreu

"Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos." (I João 4 : 9)
Amados,esta é a mensagem do evangelho: "Deus manifestando seu amor ao homem enviou Jesus,que se ofereceu em sacrifício na cruz,para que haja vida em vez de morte".Herdando a natureza pecaminosa de Adão e por isso separado de Deus,o homem já nasce condenado a passar a eternidade no inferno."Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;" (Romanos 3 : 23).
"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." (Romanos 6 : 23).
Somente o amor de Deus provê salvação em Cristo."Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele." (João 3 : 17).E esta salvação é nos oferecida pela graça de Deus que é o favor não merecido de Deus para nós:"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus." (Efésios 2 : 8).
Jesus já pagou o preço derramando na cruz o seu precioso sangue:Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores(Rom. 5:8).
Sendo rebelde e devedor a Deus que é Santo,o homem pecador não pode salvar a si mesmo e é aí que entra o infinito amor de Deus."Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3 : 16).Mas o homem precisa aceitar esta salvação,precisa crer em Jesus e considerar sua obra de redenção.
O autor aos Hebreus escreve:"Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;" (Hebreus 2 : 3).
Apesar de ser esta,uma "tão grande salvação",tem muita gente trocando este evangelho por fábulas de homens.Veja o que Paulo diz na carta para Tito:"Não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade." (Tito 1 : 14).
Paulo  alerta a Tito a não dar ouvidos às doutrinas de homens que se desviam da verdade do evangelho,homens como existem nos dias atuais,pregando um falso evangelho que baseado na teologia da prosperidade,triunfalismo e outros desvios doutrinários desviam os homens do ensino principal do evangelho que é a salvação de nossas almas através da fé em Cristo.

Esta é a mensagem da cruz de Cristo,a única que resolve o grande problema da humanidade que não é a falta de dinheiro,posição social ou qualquer outra coisa senão que o homem precisa ser salvo de uma vida separada de Deus aqui e no inferno eternamente.
"Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?" (Mateus 23 : 33)
Estas palavras foram ditas por Jesus aos farizeus(seita judaica) que tanto o rejeitaram e eu pergunto o mesmo: como escapar do inferno rejeitando a Cristo,não atentando para tão grande salvação? Se Jesus é a unica fonte de vida,de que adianta crer em um evangelho onde o homem é o centro de tudo? De que adianta ser um famoso cantor "gospel" cantando no meio dos infiéis em programa de auditório,se misturando com o mundo?"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?" (II Coríntios 6 : 14) De que adianta ajuntar muitos tesouros na terra e nemhum no céu?"Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam." (Mateus 6 : 20).

E então,o que vai ser: A mensagem da cruz ou as mensagens dos homens?

Em Cristo,

Mário César de Abreu

terça-feira, 15 de março de 2016

"Tudo posso naquele que me fortalece" Filipenses 4:13 Um estudo exegético



 
  Por:   Dennis Downing
Será que o Cristão pode fazer de tudo? Será que temos, por meio de Cristo, poder para realizar
 qualquer feito? O que é que Paulo quis dizer com esta declaração ousada?

 
O contexto imediato
  Esta passagem tem sido entendida por muitos Cristãos como uma afirmação geral de que realmente “tudo” podemos fazer. Como sempre é necessário observar o contexto da passagem. O contexto imediato (Fil 4:10-20) indica que Paulo está tratando de necessidades pessoais. Podemos ver isso quando ele usa frases e termos como “pobreza” (v. 11) “fartura e fome”; “abundância e escassez” (v. 12); “dar e receber” (v. 15) e “necessidades” (vv. 16 e 19). Todas estas palavras e frases tratam de necessidades físicas e imediatas como comida e moradia. Ele pessoalmente passou por necessidades nestas áreas e está mostrando como Cristo lhe deu força para enfrentá-las.
Paulo poderia, de repente, sair deste contexto para formalizar uma afirmação sobre todas as necessidades em geral. Ou, como alguns entendem pela frase isolada, ele poderia dizer que, por meio de Cristo, consegue realizar de tudo. No entanto, para fazer isso, seria esperado que Paulo desse algum sinal de tal mudança. A ausência de uma sinalização não impede de forma categórica esta possibilidade. Mas, sendo que o contexto imediato é satisfatório, e que não há evidência clara dele ter intencionado uma afirmação mais geral, devemos concluir que o ponto dele neste versículo é de que, dentro das necessidades pessoais (embora estas necessidades sejam enormes), com Cristo, ele terá tudo que precisa para lidar com elas.

Como Paulo usava “tudo”
Ajuda-nos a entender que Paulo, como autores e oradores modernos, às vezes usava o adjetivo “tudo” (gr. panta de pas) para se referir à maior parte ou à maioria de uma categoria, sem necessariamente se referir a algo em sua totalidade. [1]
Podemos ver este tipo de uso em passagens como 1 Cor. 9:22 “...Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.” Paulo não quis dizer que havia se tornado absolutamente tudo para com toda a humanidade. O ponto dele foi de que ele se esforçou, negando seus próprios interesses e tendências, para influenciar todos aqueles com quem ele teve contato e oportunidade.
De forma parecida, em Colossenses 1:28 Paulo afirmou “o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo”. Aqui Paulo não quis dizer que ensinava literalmente todos os homens existentes, nem que aquilo que ele ensinava fosse toda a sabedoria existente. O ponto dele, novamente, se restringia àqueles dentro do seu raio de alcance e à sabedoria necessária e suficiente para a plena vida em Cristo.
Da mesma forma, em Fil 2:21, ao dizer “pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.” Paulo não estava se referindo à totalidade da raça humana, nem a todos da cidade de Roma, onde ele se encontrava (Fil 1:13). Ele estava se referindo a muitos outros que não se preocupavam com seus interesses da forma como Timóteo havia feito. Mas, presumimos que Paulo contaria entre aqueles em quem confiava pessoas como Epafrodito (4:18) e os da casa de César (4:22). Portanto, ele não estava relegando nem a raça como um todo, nem toda a população de Roma ao grupo dos que “buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.” Ele quis dizer que muitos eram assim, porém Timóteo era diferente.
De igual modo, ao dizer em Fil 4:13 “Tudo posso naquele que me fortalece”, Paulo não quis dizer “tudo” num sentido absoluto. O que ele quis dizer era que, de todas as coisas que havia passado que necessitavam de poder para enfrentar, como pobreza, fome, escassez e necessidades, Cristo supria toda esta força que ele precisava. É neste sentido que Paulo escreveu “Tudo posso naquele que me fortalece”. Pelo que já havia passado, Paulo tinha confiança, e quis passar esta mesma confiança aos Cristãos em Filipos, de que Cristo havia de suprir toda a força que eles precisavam, seja qual fosse a situação. É por isso que ele encoraja os Cristãos em Filipos com as palavras “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (4:19).

O foco da passagem 
Embora muitas traduções modernas como a NVI, ARA e BJ traduzam o verso praticamente igual como “tudo posso naquele que me fortalece”, aqui a NTLH traz uma tradução bastante interessante “Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação”. Esta tradução é salutar, pois coloca a ênfase em Cristo e demonstra que o objetivo não é as conquistas do homem e sim sua capacitação para, com Cristo, enfrentar as situações, tão adversas quanto forem, que a vida traz.
É um eqúivoco pensar que o ponto de Paulo é que, com Cristo, ele pode alcancar grandes realizações ou conquistas. Paulo, embora falando das coisas que fazia por conta própria, já descartou a imporância das grandes realizações pessoais. Em 3:4-8 Paulo relembrou suas grandes conquistas em nome do zelo religioso. Daí, ele mostrou como o simples conhecer e comunhão com Cristo eram muito superior a todas as suas conquistas (3:8,10). Dificilmente Paulo agora estaria chamando a atenção dos Cristãos em Filipos para a idéia de realizar grandes coisas, mesmo com Cristo. O ponto de Paulo é de assegurar estes irmãos de que, na abundância ou na adversidade, Cristo os faria fortes o suficiente para lidar com qualquer situação, permanecendo fiéis a Ele.

Perigo de interpretação
Existe pelo menos um perigo de uma interpretação demasiadamente genérica deste versículo. Crentes podem ficar frustrados ou duvidando das promessas de Deus se tentarem coisas que consideram dentro da vontade de Deus, mas falharem. “Cristãos frequentemente anunciam, ‘Tudo posso naquele que me fortalece’, para assegurar a outros (e a eles mesmos) que podem ser bem sucedidos em empreendimentos para os quais eles podem ou não ser qualificados. Fracasso subsequente os deixa transtornados com Deus como se ele tivesse quebrado uma promessa!” [2]
Se “tudo posso naquele que me fortalece” significa que posso realizar qualquer obra ou feito, desde que seja algo que Deus teoricamente ia querer, então haverá muita frustração, pois nem sempre Deus de fato faz tudo que pode. Deus podia ter evitado que Cristo morresse na cruz (Mat 26:53). Certamente Ele não queria que Cristo tivesse que morrer na cruz. Mas, por causa do grande amor dEle por nós (outro aspecto da sua soberana vontade), Ele permitiu. Se nem Deus sempre faz tudo que pode e tudo que quer, podemos concluir que nem tampouco o homem fará, ou que Deus o fará por meio dele.
A Paulo, um homem de fé sincera e poderosa, foi negado algo bom e desejável que pediu ao Senhor – uma cura. Em 2 Coríntios 12:8-9 vimos que, apesar de toda sua fé e amor ao Senhor, Paulo não recebeu o que queria. Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, se for da vontade de Deus.
Paulo tinha o dom de curar e curou muitas pessoas, chegando a curar todos numa ilha inteira (Atos 28:7-9). Mas, houve ocasião em que Paulo não pôde curar um discípulo próximo a ele, Trófimo (2 Tim 4:20). Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, dentro dos limites que Deus estabelece e permite. Haverá ocasiões em que vamos querer fazer coisas boas, até coisas para Deus, mas não conseguiremos, porque não era a vontade de Deus naquele momento, ou naquela situação, ou com aquela pessoa.
A respeito desta passagem D.A. Carson alerta: - Uma antiga preferência é Filipenses 4.13: "... tudo posso naquele que me fortalece". O "tudo" não pode ser completamente ilimitado (e. g., saltar sobre a lua, resolver "de cabeça" complexas equações matemáticas ou transformar areia em ouro); portanto, a passagem geralmente é exposta como um texto que promete aos crentes a força de Cristo em tudo o que eles têm a fazer ou em tudo o que Deus lhes ordena que façam. Sem dúvida, este é um conceito bíblico; contudo, no que se refere a esse versículo, dá-se pouca atenção ao contexto. O "tudo" aqui consiste em viver alegre em meio a fartura ou fome, em abundância ou escassez (Fp 4.10-12). Seja qual for sua situação, Paulo pode lutar com alegria por meio de Cristo, que o fortalece. [3]
Concluímos que o ponto de Paulo em Filipenses 4:13 quanto àquilo que ele pode fazer se refere à força para enfrentar situações que a vida traz a ele, especificamente no sentido de necessidades pessoais. Mas a ênfase não está nele só, e sim nAquele que lhe dá esta força – Cristo Jesus. O versículo pode ser dividido em duas partes “tudo posso” e “naquele que me fortalece”. O mundo declara com orgulho e confiança “tudo posso” e pronto. O Cristão corrige, com humildade temperada pela fé em Jesus “Sei que enfrentarei muitas dificuldades nesta vida, e que sozinho seria derrubado, mas, ‘Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação’.”
Hoje em dia os Cristãos ainda enfrentam as incertezas do desemprego, o medo da violência e da doença. É preciso assegurá-los de que, com Cristo, podemos lidar com qualquer situação, não importa quão adversa for. Podemos confiar em Deus de que Ele nos dará a força que precisamos. Basta caminharmos junto a Jesus.

E o “tudo” que podemos fazer?
Alguns ainda querem saber, "o homem pode fazer tudo o que ele precisa fazer?" Até isso, na verdade, é relativo. O homem às vezes pensa que precisa fazer algo, tenta fazer e se frustra quando não consegue. Ele declara que Deus não existe, ou reclama que Deus não ouviu suas orações. Mas, Deus muitas vezes sabe que há uma grande diferença entre o que o homem pensa que precisa e o que ele realmente precisa. Quando era jovem namorei uma moça e pensei que precisava casar com ela. Não deu certo. Acabei esperando até quase 40 anos de idade para casar. Hoje, sei que Deus me deu, graças à sua vontade que é sempre melhor, a esposa que eu realmente precisava.
Dentro da vontade soberana (e para nós muitas vezes misteriosa) de Deus, sim, diria que o homem pode fazer o que precisa. Mas, esse fazer nem sempre será o que ele quer. Prova disso é que há muita coisa que, além de poder fazer, devíamos fazer, mas nem sempre fazemos.
Talvez a grande questão não é se Deus me capacita para fazer tudo que preciso. Dentro da soberana vontade dEle, Ele sempre capacita. O problema é que eu nem sempre quero fazer tudo para o qual Ele me capacitou. ",
Talvez para Deus parece que queremos saber se podemos fazer de tudo, quando tão pouco fazemos com o “tudo” que já podemos. Que Deus nos ajude a, como Paulo, nos contentarmos não só com aquilo que Ele nos deu, mas com aquilo que Ele nos capacitou a fazer, e esmeremo-nos ao fazê-lo.
 


[1]
Bullinger, E. W. (1898). Figures of speech used in the Bible (Page 615). London; New York: Eyre & Spottiswoode; E. & J. B. Young & Co.)
[2]
Klein, W. W., Blomberg, C., Hubbard, R. L., & Ecklebarger, K. A. (1993). Introduction to biblical interpretation (Page 481). Dallas, Tex.: Word Pub.
[3]
Carson, D.A. “Os Perigos da Interpretação Bíblica” (antiga “Exegese E Suas Falácias”), São Paulo: Edições Vida Nova, 1992, numa seção intitulada “Inferências Injustificadas” (páginas 108-9) 
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Fonte: http://www.hermeneutica.com/estudos/filipenses4_13.html
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Em Cristo,
Mário

terça-feira, 8 de março de 2016

O culto que agrada a Deus


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O evangelista João, registra o episódio do encontro de Jesus com a mulher samaritana no poço de Jacó. Nesse encontro, a mulher samaritana perguntou a Jesus onde adorar. Jesus respondeu que não é onde, mas como e a quem adorar. A verdadeira adoração a Deus é em espírito e em verdade. É de todo o coração e também prescrita pela palavra de Deus. A verdadeira adoração é um dos temas centrais das Escrituras. A veneração de imagens de escultura é uma abominação para Deus, pois Deus é plenamente espiritual em sua essência. Quando Jesus diz que Deus é Espírito significa que Deus é invisível, intangível e divino em oposição a humano. É desconhecido para os seres humanos a menos que ele decida se revelar (Jo 1.18). Da mesma forma que Deus é luz (1Jo 1.5) e Deus é amor (1Jo 4.8), também Deus é Espírito (Jo 4.24). Esses são elementos na forma em que Deus se apresenta aos seres humanos, em sua bondosa auto-revelação em seu Filho. Deus escolheu se revelar, quando o Verbo se fez carne. Quem vê a Jesus, vê o próprio Pai. O culto prestado a outros deuses é uma ofensa a Deus, pois Deus é um só e não há outro. A adoração a Deus, entrementes, não pode ser do nosso modo nem ao nosso gosto, pois Deus mesmo estabeleceu critérios claros como exige ser adorado.
Jesus orienta a mulher samaritana que não é de volta ao Judaísmo que os samaritanos devem ser convertidos nem é para Jerusalém que devem fazer peregrinações para adorar. Em Jerusalém Jesus também não achou “adoradores verdadeiros”. Ali eles haviam transformado a casa de seu Pai numa casa de comércio. Os verdadeiros adoradores não podem ser identificados por sua ligação a um santuário particular. Os adoradores verdadeiros são aqueles que adoram o Pai em espírito e em verdade.

A adoração falsa é abominação para Deus e a adoração hipócrita enfrenta o desgosto de Deus. O profeta Isaías já havia demonstrado o desgosto divino, quando disse que o povo de Israel honrava a Deus com os lábios, mas seu coração estava distante de Deus (Is 29.13). Amós, nessa mesma linha foi contundente, quando em nome de Deus, escreveu: “Aborreço e desprezo as vossas festas e com as vossas assembleias solenes não tenho nenhum prazer. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras” (Am 5.21,23).

Jesus diz para a mulher samaritana o que adoração não é. Primeiro, não é adoração centrada em lugares sagrados (Jo 4.20). Não é neste monte nem naquele. Não existe lugar mais sagrado que outro. Não é o lugar que autentica a adoração, mas a atitude do adorador. Segundo, não é adoração sem entendimento (Jo 4.22). Os samaritanos adoravam o que não conheciam. Havia uma liturgia desprovida de entendimento. Havia um ritual vazio de compreensão. Terceiro, não é adoração descentralizada da pessoa de Cristo (Jo 4.25,26). Os samaritanos adoravam, mas não conheciam o Messias. Cristo não era o centro do seu culto. Nossa adoração será vazia se Cristo não for o seu centro.

Jesus, também, diz para a mulher samaritana o que a adoração é: Primeiro, a adoração precisa ser bíblica (Jo 4.24). O nosso culto é bíblico ou é anátema. Deus não se impressiona com pompa; ele busca a verdade no íntimo. Segundo, a adoração precisa ser sincera (Jo 4.24). A adoração precisa ser em espírito, ou seja, de todo o coração. Precisa ter fervor. Não é um culto frio, árido, seco, sem vida.
Deus deve ser o nosso maior deleite e o culto a Deus deve ser a razão principal da nossa vida!

Fonte: hernandesdiaslopes.com.br
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Em Crissto,
Mário

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A indescritível glória de Deus


“…levantai-vos, bendizei ao Senhor, vosso Deus, de eternidade em eternidade. Então, se disse: Bendito seja o nome da tua glória, que ultrapassa todo bendizer e louvor.” (Ne 9.5)
Depois de um tempo de arrependimento e restauração, o povo de Israel regresso do cativeiro babilônico, prorrompeu em louvor a Deus, e de forma esplêndida exaltou sua indescritível grandeza. Três verdades são enfatizadas:

Em primeiro lugar, Deus é exaltado pela criação do universo. Está escrito: “Só tu és Senhor, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto há neles…” (Ne 9.6a). O universo não surgiu espontaneamente nem veio à existência mediante uma explosão cósmica. O universo não é resultado de uma evolução de milhões e milhões de anos, mas foi criado por Deus. Antes da criação só Deus existia. E ele, sendo o único Deus, trouxe à existência as coisas que não existiam. Criou tudo do nada, ou seja, sem matéria pré-existente. Em linguagem resumida, Neemias escreve que Deus criou tudo no céu, na terra e nos mares. O universo vastíssimo e insondável, com sua multifária beleza, é obra do Criador. Segundo os mais eminentes astrônomos, o universo tem mais de noventa e três bilhões de anos-luz de diâmetro. Isso significa que se pudéssemos voar à velocidade da luz, trezentos mil quilômetros por segundo, nessa velocidade levaríamos mais de noventa e três bilhões de anos para ir de uma extremidade à outra do universo. Oh, quão grande é a obra criada! Pois, infinitamente maior é o Criador. Ele existe antes da criação. Ele é independente da criação. Ele é maior do que a criação!

Em segundo lugar, Deus é exaltado pela preservação das criaturas. O texto prossegue, e diz: “… e tu os preservas a todos com vida, e o exército dos céus te adora” (Ne 9.6b). Deus não apenas criou todas as coisas, mas também as sustenta. Deus não apenas deu vida a todas as criaturas, mas também as preserva com vida. Só Deus tem vida em si mesmo. Todas as criaturas dependem de Deus e não têm vida à parte dele. O Deus criador é também o Deus da providência. Os deístas afirmam que Deus criou todas as coisas, mas está longe delas. Imaginam que Deus é como um relojoeiro que depois de fabricar o relógio deu cordas nele e o deixou trabalhando sozinho. Esse pensamento está equivocado. Embora Deus seja transcendente, é também imanente. Embora tenha criado o universo com leis que o regem, intervém na criação providencialmente. Deus não apenas está além do universo e é independe dele, mas também está presente nele e o governa.

Em terceiro lugar, Deus é exaltado pela eleição e redenção do seu povo. Neemias continua, e diz: “Tu és o Senhor, o Deus que elegeste Abrão, e o tiraste de Ur dos caldeus, e lhe puseste por nome Abraão” (Ne 9.7). Não há Deus além do Senhor. Antes dele nunca houve nem depois dele jamais haverá outro semelhante. Os deuses dos povos são ídolos vãos, criados pela arte e pela imaginação humana. Ele é Senhor, Criador e Redentor. Ele não apenas criou todos os seres no céu, na terra e no mar, mas também a todos preserva com vida. Além disso, Deus escolheu um povo e o resgatou para ser sua propriedade exclusiva. O Deus que elege é também o Deus que chama e o mesmo Deus que chama é também o Deus que resgata. Deus nos escolheu antes da fundação do mundo e chamou-nos com santa vocação. Resgatou-nos com o sangue do seu Filho e selou-nos com o seu Santo Espírito. Fomos separados de entre todas as nações para sermos uma nação santa. Fomos resgatados de entre todos os povos para sermos um povo totalmente seu, zeloso e de boas obras. Somos o povo de Deus, a família de Deus, a habitação de Deus. Temos nele todo o nosso deleite e a ele rendemos toda a nossa adoração!
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Fonte: hernandesdiaslopes.com.br
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Em Cristo,
Mário

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