terça-feira, 20 de setembro de 2011

Benny Hinn é um bom referencial para o povo de Deus? (2)




Nos dias 13 a 15 de março de 2009, Benny Hinn esteve no Brasil. Ele se apresentou no Anfiteatro Pôr-do-Sol, em Porto Alegre-RS. Na ocasião, o evento trouxe à capital gaucha muito mais que um irritante congestionamento. Um dos seguranças da cruzada me enviou um e-mail que veio a confirmar o que pastores sérios, residentes nos Estados Unidos, já vinham denunciando, principalmente Hank Hanegraaff, em seu livro Cristianismo em Crise, publicado pela CPAD, em 1996.

Paz, pastor Ciro. Em primeiro lugar, peço-lhe perdão, pois há algum tempo o critiquei por falar contra as heresias de Benny Hinn. Mas ele, neste momento que escrevo (dia 14 de março de 2009), está fazendo uma cruzada aqui em Porto Alegre. Trabalhei como segurança do evento ontem à noite (sexta-feira) e o que vi serve de alerta para outros irmãos.

Primeiro, vi o que um “homem de Deus” faz com uma equipe de seguranças... Parecia que eles tinham saído de uma cocheira ou jaula...

Segundo: os “milagres” que eles promovem no meio do povo, antes de o Benny Hinn se apresentar, é puro teatro, isto é, serve somente para atrair a atenção do povo; eles escolhem uma ou duas pessoas que se dizem enfermas e promovem a tal “cura”... O engraçado disso é que eles veem as cadeiras de rodas, mas nem chegam perto dos paralíticos.

Terceiro: fiquei ao lado do palco do Benny Hinn, ao lado da equipe dele, e em nenhum momento os vi em meio ao povo orando, como disseram para nós. Pelo contrario, alguns seguranças dele, de paletó, ficaram um mostrando faca para o outro, no momento da mensagem; além disso, conversaram o tempo todo. Depois que Hinn começou o show de derrubar as pessoas, os seguranças foram ao palco para ficarem caindo o tempo todo...

Quarto: vi com meus olhos as pessoas doentes serem mandadas de volta para seu lugar sem ao menos receberem uma oração, pois quem seleciona os “agraciados” é, talvez, o mais violento dos seguranças. Vi uma criança com problema mental sendo barrada pelo tal segurança, e a mãe aos prantos pedindo para o Benny Hinn orar pelo filho dela. Havia uma mulher da equipe dele que fazia orações no meio do povo; foi ela que mandou a mãe levar o filho de volta; nem ela orou.

Revoltei-me, pois eu vi tudo isso diante de meus olhos. Além disso, vi muitos paralíticos sendo impedidos de chegar perto do palco pelos brutamontes (seguranças). Para que ter oito homens, todos lutadores, de academia, cheios de armas, ignorantes e mal-educados? Hinn não é um homem de Deus? Paulo, Pedro e Jesus precisavam de seguranças?

Por isso, hoje, nem quis ir para aquela “palhaçada”. Ontem, tirei o colete da segurança, guardei-o no carro e fui embora, muito triste, mas também muito aliviado por Deus ter me mostrado todas essas coisas.

Em resumo, sabe o que vi ontem? Um homem show, com sua roupa branca, cabelos duros de tanto laquê, um sorriso cínico, um olhar penetrante, cantando e animando uma plateia que parece hipnotizada. Os músicos são dele, os hinos é ele quem escolhe, os cantores são dele, o tradutor é dele, os aparadores são dele... Além disso, há um “bando de gorilas” seus tirando uma “onda” do povo de Deus, brincando com doenças, derrubando pastores, empurrando senhoras. Enfim, vi um espetáculo, com muita luz, som e efeitos (ou defeitos) especiais...

Espero, de alguma forma, ter contribuído para que outras pessoas não venham a ser enganadas por esse falso profeta.


Em nosso meio, pecados no âmbito moral costumam ser considerados mais graves do que a heresia e a apostasia. Considero estes mais deletérios do que aqueles. Mas, para quem ainda tolera as falsas doutrinas e os modismos de Hinn por achar que ele tem uma vida ilibada, a imagem acima, do The National Enquirer, fala melhor que milhares de palavras.

Definitivamente, o show-man Benny Hinn não é um bom referencial para o povo Deus, principalmente para os jovens pregadores. Olhemos para o Pregador-modelo, o Senhor Jesus Cristo (Hb 12.1,2). Ele nos deixou o exemplo de uma vida santa (Jo 13.15; 1 Pe 2.20), a fim de que andemos como Ele andou (1 Jo 2.6; At 10.38).

Com temor e tremor,

Ciro Sanches Zibordi
FONTE: BLOG DO PASTOR CIRO
Em Cristo,
Mário César

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