quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O oratório da Criação e da Redenção


O livro de Apocalipse é a revelação do plano vitorioso de Deus na história. Os acontecimentos futuros não estão nas mãos do destino, mas nas mãos daquele que está assentado no trono e governa o universo. A igreja, mesmo sendo alvo das mais insolentes perseguições triunfará e seus inimigos serão derrotados. Antes de tratar da abertura dos sete selos, que representam a perseguição do mundo contra a igreja, João nos apresenta Deus no trono e o Cordeiro com o livro da história em suas mãos. Nos capítulos 4 e 5 de Apocalipse temos o oratório da Criação e o oratório da Redenção. Oratório é uma música acompanhada de solistas, coral e orquestra. Esses dois oratórios têm sete peças musicais: Vejamo-las:

1. A música dos seres celestiais (Ap 4.8,9). Os quatro seres viventes são uma representação dos seres celestiais. Três verdades são proclamadas nessa música acerca do Deus Criador: sua santidade, sua onipotência e sua eternidade. Nessa música o Deus que vive pelos séculos dos séculos recebeu glória, honra e ações de graças.

2. A música da igreja (Ap 4.10,11). Os vinte e quatro anciãos são um símbolo da igreja glorificada. A igreja se prostra para adorar aquele que é eterno e deposita a seus pés suas coroas, proclamando sua dignidade de receber a glória, a honra, e o poder por ter criado todas as coisas, conforme sua vontade soberana.

3. O solo de um anjo forte (Ap 5.1-4). A terceira música do oratório faz uma transição do Deus da Criação para o Deus da Redenção. Havia na mão direita daquele que estava assentado no trono um livro escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos. A grande pergunta do anjo ecoou: “Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?”. Esse alguém digno é procurado no céu, na terra e debaixo da terra, entre anjos, homens e demônios. Ninguém, porém, foi encontrado digno. Por isso, João desatou a chorar. Parecia que a história estava à deriva, sem alguém digno para governá-la.

4. O responso do solo (Ap 5.5). O soluço de João foi interrompido por uma ordem vinda de um dos vinte e quatro anciãos: “Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, vence para abrir o livro e os seus sete selos”. O digno procurado agora é o digno encontrado. O Messias é o Leão da Tribo de Judá e a Raiz de Davi. Ele venceu o pecado, o diabo e a morte e conquistou o direito de abrir o livro e desatar seus selos. A história não está desgovernada, mas nas mãos do Redentor.

5. A exaltação do Cordeiro pelos seres celestiais e pela igreja (Ap 5.6-10). Quando João se volta para ver o Leão, contempla um Cordeiro como tendo sido morto. Mas esse Cordeiro que foi imolado é onipotente e onisciente. O Cordeiro tomou o livro da mão daquele que estava assentado no trono e ao tomá-lo, os seres celestiais e a igreja prostraram-se diante dele com taças de incenso nas mãos, que são as orações dos santos e entoaram novo cântico dizendo: “Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes e reinarão sobre a terra”. Anjos e homens exaltam a Jesus, o Cordeiro, por sua morte expiatória e seus gloriosos resultados. O Cordeiro não morreu apenas para possibilitar nossa redenção; ele comprou-nos com seu sangue e nos fez sacerdotes e reis.

6. A exaltação do Cordeiro por milhões de seres celestiais e pela igreja glorificada (Ap 5.11,12). Um grande coral composto de milhões e milhões de anjos, querubins e serafins bem como de uma multidão colossal de remidos, no palco do universo, exaltam o Cordeiro de Deus por sua morte na cruz e tributam a ele o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.

7. A exaltação cósmica do Deus Criador e Redentor (Ap 5.13,14). A música chega a seu final apoteótico. Toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: “Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos”. Quando essa música arrebatadora terminou, os seres celestiais deram um retumbante Amém e a igreja prostrou-se em adoração.

Rev. Hernandes Dias Lopes

Em Cristo,

Mário

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