domingo, 31 de março de 2013

MARCO FELICIANO, DIREITOS HUMANOS E A DESORDEM PÚBLICA




Por Ruy Marinho

Eu sei que o assunto está extremamente saturado no momento. Mas eu não posso deixar de expor a minha opinião pessoal.

Como cristão reformado e calvinista, sou declaradamente discordante da teologia que o Pr. Marco Feliciano segue por entender que é distorcida, mística, destrutiva e compromete a integridade das Escrituras.

Discordo do fato dele utilizar o título de “pastor” para se promover a cargos políticos, pois creio que o chamado pastoral é inegociável. Concordo com Spurgeon, quando disse certa vez ao seu filho: “Meu filho, se Deus te chamou para ser missionário, eu ficaria triste ao ver-te ser reduzido a um rei”. Neste sentido, compartilho a mesma opinião que o Rev. Augustus Nicodemus: “Quando o pastor ganha certa popularidade, e depois se elege, ele tem que renunciar o ofício de pastor, pois se ele falar qualquer bobagem, essa lama respinga em toda a igreja evangélica. Fazendo isso, ele preserva a Igreja de vexames, e evita toda essa bagunça que estamos vendo”.

Por fim, não votei e jamais votaria em Marco Feliciano como político por entender que ele não possui preparo suficiente para representar os princípios cristãos na esfera política, além de ter feito alianças com expoentes marxistas, como por exemplo, o seu apoio à candidatura da Dilma para presidente, dentre outros problemas políticos e pessoais.

Porém, não posso deixar de julgar com reta justiça a questão do referido deputado perante o contexto atual em que vivemos na política de nosso país. O momento é muito grave e requer de nós, cristãos, um posicionamento contundente e atuante em defesa da família e dos bons costumes.

Infelizmente carecemos de políticos cristãos sérios e bem preparados, comprometidos com um testemunho íntegro fiel às Escrituras. Oro para que no Brasil tenhamos políticos segundo Romanos 13, acima de tudo tementes a Deus, que representem os princípios cristãos da família, bem como que a igreja tenha uma participação mais efetiva na esfera política, não com candidatos “pastores”, mas com políticos cristãos muito bem preparados para esta área de atuação tão delicada e corrompida.

Mas, contentando-se com o que temos atualmente – tendo em vista à urgência do momento, sejam pastores ou padres políticos, creio que obviamente eles irão defender os princípios e valores morais tradicionais “básicos”, independente de suas linhas teológicas, das quais eu possa discordar. São eles que atualmente estão na “linha de frente” dessa verdadeira guerra intelectual instalada no ambiente político brasileiro. Querendo ou não, são os que combatem diretamente o marxismo cultural instalado na esfera política, ideologia que tem como um dos principais objetivos destruir os princípios cristãos na sociedade.

Diante do exposto, a realidade é que o deputado Marco Feliciano, além de ter sido democraticamente eleito com mais de duzentos mil votos, ele foi legalmente constituído presidente da referida Comissão dos Direitos Humanos e Minorias pelos próprios deputados membros desta comissão. Se ele vai desenvolver o seu papel de forma íntegra e correta, só o tempo vai nos dizer. Neste caso, temos que “pagar para ver” e cobrá-lo se não cumprir com o esperado.

Mas, a grande questão que devemos contrabalancear é a violenta intolerância religiosa e a baderna promovida pelos ativistas “gaysistas” e outros esquerdistas aliados, ideologicamente contrários não somente ao Marco Feliciano, mas também aos princípios cristãos. Perseguir, humilhar, achincalhar, escarnecer e ridicularizar alguém por ter feito “declarações filosóficas” (obviamente desastrosas e algumas teologicamente questionáveis) é no mínimo contraditório – para não dizer criminoso, pois o caminho para denunciar qualquer suspeita de ato criminal é a Justiça. Se alguém acha que o Marco Feliciano cometeu algum crime, que acione a Justiça e formalize a sua denúncia. Porém, os ativistas “gaysistas” parecem ignorar as leis. Afinal, eles chegam no extremo da desordem pública ao promover um violento terrorismo emocional, inconstitucional e repulsivo, ao ponto de desrespeitar as leis vigentes em nosso país e até mesmo à nossa Carta Magna, haja vista o protesto ilegal feito na porta da Igreja de Marco Feliciano pelos militantes gays, que aos gritos de palavras de desordem, palavrões e ameaças de agressão, violaram o ambiente de culto religioso protegido pela Constituição Federal (veja aqui). Até mesmo assuntos urgentes, onde a preservação de vidas humanas dependem das atividades da CDHM, foram completamente desrespeitadas pelos ativistas intolerantes (veja aqui).

Chegando ao cúmulo da contradição, notamos que por algum motivo que precisa ser apurado, os mesmos ativistas esquerdistas que aprontam a maior baderna na “casa do povo”, não fazem a mesma “algazarra democrática” para protestar por algo muito mais grave do que qualquer declaração filosófica, ou seja, pelo fato de políticos condenados pela justiça (José Jenuíno, João Paulo Cunha e Paulo Cesar Maluf) ocuparem a Comissão de Constituição e Justiça – de todas as comissões a mais importante do Congresso Nacional, além da nomeação como presidente do Senado Federal o Senador Renan Calheiros, também condenado pela justiça. Quanta incoerência!

Portanto, quero registrar a minha nota de repúdio a perseguição que o deputado Marco Feliciano está sofrendo por parte dos ativistas “gaysistas”, dos demais aliados marxistas e até mesmo da mídia. Desejo que ele “não renuncie” e continue firme na resistência à toda essa perseguição religiosa. Mesmo discordando dele no que concerne aos campos teológico e ético, espero que ele desempenhe com coerência e honestidade a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, onde há muito tempo tem sido colocado como ênfase principal a parte das “minorias” em detrimento dos direitos humanos de fato.

Soli Deo Gloria!

***
Ruy Marinho é editor do blog Bereianos e colunista do Púlpito Cristão.
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Retirado do Púlpito Cristão
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Em Cristo,
Mário César de Abreu

4 comentários:

  1. Concordo, caro pastor Mário!!!
    O que os ativistas gays querem é promover a anarquia no Brasil e extinguir o Cristianismo de vez. Por isso, apesar de eu também não concordar teologicamente com tudo o que o deputado Marco Feliciano prega (enquanto pastor), acho que também que devemos dar-lhe o nosso apoio, nesse momento difícil, em que os militantes da Causa Gay estão ameaçando, a todo custo, a Família Brasileira e todos os que não concordam com a ideologia deles. Isto é intolerância religiosa, como já bem abordado!!!
    Na Paz!!!

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  2. A paz amado irmão Marcos!

    Tua presença em nosso blog é sempre motivo de alegria,obrigado por comentar. Com certeza, precisamos nos unir neste momento, para um bem maior que é a defesa da família e dos princípios cristãos ensinados nas Escrituras.

    Em cristo,
    Mário

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  3. Mario amado irmão,
    A baderna está instalada, realmente, e precisamos de alguém portando todos os pré-requisitos demandados pelo exercício da presidência da CDHM. Concordo com o Marinho, mas alguém precisa dizer ao Feliciano que a sua pseudo-intelectualidade é um desserviço àquela comissão, quando ele abre a boca como a Ofélia do Zorra Total. Circula por ai que a vice-presidente da Comissão, nossa irmã em Cristo, no cargo há 3 anos, sentindo-se ofendida pelo nobre deputado está pensando em renunciar. Motivo: Disse aquele pastor que agora, finalmente, alguém destronou satanás da presidência daquela Comissão (O que que é isso?) - a irmã não pode (ninguém pode) conceber que uma evangélica teria sido, até então, de forma bisonha, um back-up do maligno – afinal ela não é tão incompetente ou mesmo cega.
    Foi eleito por um número respeitável de votos – cerca de 250.000. Todavia, seus eleitores, excetuando os membros do seu fã-clube, elegeram-no da mesma forma que os eleitores do Tiririca o elegeram. Não podemos esquecer que vivemos neste mui amado, mas esquisito rincão brasileiro.
    Tá bom meu irmão: "Não tem tu, vai tu mesmo". De qualquer forma, podemos pressupor uma proteção maior para os conceitos familiares. Seria de bom alvitre, no entanto, que aquele nosso irmão, desde que adepto da insidiosa TP, atentasse para duas célebres frases de Lincoln:
    1 - “É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota, do que falar e acabar com a dúvida.
    2 – “Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder”.
    Parece brincadeira, mas absolutamente, não é.
    Vamos intensificar nossas orações para que ele não veja aquela Comissão como uma Comissão de Direitos Evangélicos e tenha sucesso nesta sua espinhosa empreitada.
    Com Cristo no barco
    Alberto

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  4. Paz amado Alberto!

    Como sempre,palavras sábias e com convicção.

    Em Cristo,

    Mário

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