quarta-feira, 11 de agosto de 2021

O GRANDE LIVRAMENTO DE DEUS – Pr. Hernandes Dias Lopes

 21 de março -Espere pelo Livramento de Deus | Bênçãos Diárias


“Pois livraste da morte a minha alma, das lágrimas, os meus olhos, da queda, os meus pés” (Sl 116.8).

            Muitos estudiosos atribuem o Salmo 116 ao rei Ezequias. Este piedoso rei de Judá governava em Jerusalém, quando o império Assírio conquistou o reino do Norte. Anos depois, o exército assírio sitiou Jerusalém e o comandante deu ordens expressas a Ezequias para se render, dizendo-lhe que seu Deus não poderia livrá-lo de suas mãos. Não bastasse esse cerco de um poderoso exército inimigo, Ezequias adoeceu mortalmente e o profeta Isaías foi enviado ao rei para dar-lhe um recado urgente: “Põe em ordem a tua casa, porque certamente morrerás, e não viverás”. Ezequias vira o rosto para a parede, ora fervorosamente e chora copiosamente. Deus responde-lhe rapidamente, curando-o de sua enfermidade e livrando-o da iminente invasão assíria.

            O Salmo em apreço é o testemunho de Ezequias acerca do grande livramento de Deus. No versículo em tela, o livramento de Deus é descrito de três formas eloquentes:

            Em primeiro lugar, o livramento espiritual (Sl 116.8a). “Pois livraste da morte a minha alma…”. O maior cativeiro que o homem enfrenta não é aquele que aprisiona seu corpo e limita seu direito de ir e vir, mas o cativeiro espiritual. A prisão espiritual encerra o homem numa masmorra de trevas, sob as algemas do pecado. Aquele que pratica o pecado é escravo do pecado, vive na coleira do diabo, debaixo do látego dos vícios deletérios. O mundo está posto no maligno. O príncipe da potestade do ar atua nos filhos da desobediência. Estes, vivem na casa do valente, na potestade de Satanás, no reino das trevas. A menos que Jesus, o mais valente, resgate-os da casa da servidão, permanecerão debaixo do tacão cruel desse feitor de escravos. Certamente, a maior necessidade do pecador é ser liberto espiritualmente. Essa libertação não se alcança por meio de ritos sagrados nem pelo expediente do esforço humano. Somente Deus pode libertar os cativos e tornar o homem verdadeiramente livre.

            Em segundo lugar, o livramento emocional (Sl 116.8b). “… das lágrimas, os meus olhos…”. O cativeiro emocional é consequência do aprisionamento espiritual. O pecado é a causa do maior sofrimento humano. O pecado é maligníssimo. É pior do que a prisão. É mais devastador do que a enfermidade. É mais dolorido do que a pobreza mais extrema. O pecado é pior do que a própria morte. Todos esses males, embora tão medonhos, não podem afastar o homem de Deus, mas o pecado afasta o homem de Deus no tempo e na eternidade. A vida, por causa do pecado, tem se tornado, não raro, numa sinfonia de gemidos, num vale de lágrimas. A cura para esses tormentos da alma não é encontrada nas taças borbulhantes dos prazeres mundanos. A libertação do sofrimento emocional não se encontra nas técnicas psicológicas nem mesmo nos remédios terapêuticos. Somente Deus pode enxugar dos nossos olhos toda lágrima. Somente Deus pode aliviar nossa dor e livrar nossos olhos das lágrimas.

            Em terceiro lugar, o livramento moral (Sl 116.8c). “… da queda, os meus pés”. Desde que o pecado entrou no mundo, por um só homem, todos os homens tornaram-se pecadores. Não há homem que não peque. Todos nós tornamo-nos vulneráveis. Não podemos ficar de pé escorados no bordão da autoconfiança. Somos fracos. Deus segura a nossa mão ou caímos fragorosamente. Deus nos mantém de pé ou tombamos, vencidos pela tentação. Nenhum de nós consegue viver em santidade, a menos que Deus mesmo nos sustente. Sem a assistência da graça de Deus, todos nós estaríamos na lama. Sem a ação restringidora da graça todos nós fracassaríamos rotundamente. É Deus quem nos sustenta e nos mantém de pé. É Deus quem fortalece os nossos joelhos trôpegos para não tropeçarmos. É Deus que nos livra do mal e não permite que nossos pés resvalem. Só de Deus vem o nosso livramento espiritual, emocional e moral!

Rev. Hernandes Dias Lopes

Em Cristo,

Mário

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