terça-feira, 20 de agosto de 2024

 

O fruto do Espírito

Depois de listar as obras da carne (Gl 5.19-21), o apóstolo Paulo passa a falar sobre o fruto do Espírito (Gl 5.22,23). Se as obras da carne tratam de pluralidade, o fruto do Espírito tem a ver com a singularidade. Não são frutos, mas fruto. As virtudes elencadas são gomos de um mesmo fruto. Têm a mesma fonte, o Espírito Santo. De tal maneira, que uma pessoa não poder este fruto e não ter aquele. O fruto é um só, com vários aspectos. Vejamos:

Em primeiro lugar, amor. O amor é a principal virtude cristã. É o maior mandamento e, também, o próprio cumprimento da lei de Deus. O amor é a evidência do verdadeiro discipulado.

Em segundo lugar, alegria. A alegria é o apanágio do crente. Fomos alcançados pela boas novas de grande alegria. O reino de Deus que está dentro de nós é alegria no Espírito Santo. A ordem de Deus é: “Alegrai-vos”. A alegria do Senhor é a nossa força.

Em terceiro lugar, paz. A paz é resulto da nossa reconciliação com Deus e na nossa intimidade com Deus. Temos paz com Deus e experimentamos a paz de Deus. Aqueles que são governados pelo Espírito Santo têm a alma pacificada. Vive em paz, é mensageiro da paz e pacificador.

Em quarto lugar, longanimidade. Esta virtude tem a ver com a paciência triunfadora. É possuir um ânimo longo. É não perder as estribeiras diante das adversidades e ou perseguições. Longanimidade é caminhar a segunda milha, é reagir transcendentalmente.

Em quinto lugar, benignidade. Benignidade é revelar amor no trato, doçura no falar e bondade nas ações. É pensar bem do próximo, colocá-lo em primeiro lugar, buscar a honra do outro antes da honra própria.

Em sexto lugar, bondade. Bondade é pensar no bem do próximo e fazer o que é melhor para ele. É colocar o outro na frente do eu. É buscar meios e formas de honrar o outro, cuidar do outro e socorrê-lo em suas necessidades.

Em sétimo lugar, fidelidade. Felicidade é ser íntegro, é respeitar a honra do próximo e cumprir os compromissos assumidos. Ser fiel é empenhar a palavra e a honra no cumprimento dos votos assumidos.

Em oitavo lugar, mansidão. Mansidão é poder sob controle. É força domesticada. É vencer o mal com o bem. Ser manso não é ser fraco, é antes, a disposição de sofrer o dano, mesmo tendo oportunidade de prevalecer sobre o próximo.

Em nono lugar, domínio próprio. Ter domínio próprio é ter controle sobre si mesmo. É viver sem perder as rédeas dos sentimentos. É saber a hora certa de falar e de agir. É ser controlado pelo Espírito Santo. Esses gomos do fruto do Espírito são uma expressão eloquente das virtudes de Cristo estampadas em nós.

Rev. Hernandes Dias Lopes

Em Cristo,

Mário César de Abreu


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