sexta-feira, 23 de setembro de 2011

99% dos cantores não são endemoninhados, é claro. Mas há, pelo menos, 1% de verdadeiros adoradores?

por Ciro Sanches Zibordi


Muita gente ficou indignada com a declaração de Edir Macedo a respeito dos cantores evangélicos. Ele afirmou que 99% deles são endemoninhados e perturbados. Essa acusação gerou polêmica e as mais diversas reações no mundo evangélico. Uns se indignaram desproporcionalmente, como certo telepregador, que, além de dedicar boa parte do seu programa ao assunto, fez menção honrosa do show-man Benny Hinn, o que enfraqueceu a sua argumentação.

Outros, como este editor de blog, preferiram não supervalorizar tal acusação, respeitando o direito de expressão. Lembra-se do que ocorreu em 1993, quando o então deputado federal Lula afirmou, de modo generalizante, que no Congresso Nacional havia trezentos picaretas?

Não concordo com a acusação de Macedo, mas reconheço que ele falou em tese, sem mencionar nomes, exceto o de uma cantora. Esta, sim, foi injuriada e, se quiser, pode até processar o líder da IURQM (Igreja Universal do Reino de Quem Mesmo?).


Bem, Macedo exagerou, generalizou e não julgou segundo a reta justiça (Jo 7.24). Rejeito completamente a sua ideia de que 99% dos cantores evangélicos são endemoninhados e perturbados. Somente Deus conhece os corações. Ademais, não podemos tomar a parte pelo todo, isto é, olhar para alguns cantores que se comportam como mundanos e afirmar que a maioria age como eles.

Por outro lado, a afirmação de Macedo me fez refletir. Será que pelo menos 1% dos cantores é constituído de verdadeiros adoradores? 
Lembrei-me do que aconteceu nos tempos dos juízes de Israel. Deus chamou Gideão e ordenou que ele escolhesse homens para enfrentar os midianitas. Apresentaram-se para a seleção 32 mil homens. Então, o Senhor disse a Gideão: “Quem for covarde e medroso, que volte e vá-se apressadamente das montanhas de Gileade. Então voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil ficaram” (Jz 7.3).

Dos 32 mil, restaram 10 mil. Em termos percentuais, ficaram com Gideão exatamente 31,25% dos homens, ou seja, quase um terço do total. Mas Deus ainda não havia terminado a seleção. “E disse o SENHOR a Gideão: Ainda muito povo há; faze-os descer às águas, e ali tos provarei” (Jz 7.4). Todos conhecem a conclusão da história. Dentre os 10 mil homens de Gideão o Senhor escolheu apenas trezentos! Sabia que isso não corresponde nem a um por cento do total? Trezentos, dentre os 32 mil, é igual a 0,9375%.


Não posso afirmar que apenas 1% de cantores adora a Deus em espírito e em verdade. Mas conheço poucos, dentre os mais famosos, que não adotam postura de celebridade, apresentando conduta imprópria, não condizente com os preceitos bíblicos. Eu tenho até brincado com alguns amigos cantores através das redes sociais: “Olha, se a acusação do Macedo for verdadeira (é claro que não é!), vocês então fazem parte do 1% dos verdadeiros adoradores”.


Uma coisa é certa: os verdadeiros adoradores são poucos. Por isso, o Senhor Jesus afirmou que o Pai os procura (Jo 4.23,24). Se a maioria dos que se dizem cristãos fosse formada por verdadeiros adoradores, Deus não precisaria procurá-los, não é mesmo? A Bíblia diz que são poucos os fiéis (Sl 12.1). E o termo “poucos”, nas páginas sagradas, é minoria mesmo (Mt 7.13,14; 24.1-12).


Portanto, sejamos 100% vigilantes, para que o Senhor Jesus diga de nós o mesmo que afirmou a respeito dos poucos crentes da Igreja de Sardes que o agradaram: “tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso” (Ap 3.4).


Em Cristo,


Ciro Sanches Zibordi
FONTE: BLOG DO CIRO.
Em Cristo,
Mário César de Abreu

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