1. O olhar penetrante de Jesus (Lc 22.61) – Jesus olhou para Pedro exatamente no momento em que ele estava negando, jurando e praguejando, insistindo em dizer que não conhecia a Jesus. Os olhos de Cristo penetraram na alma de Pedro e radiografaram as mazelas do seu coração. Aquele foi um olhar de tristeza, mas também de compaixão. Quando Jesus olhou para Pedro, ele se lembrou da palavra do Senhor e ao lembrar-se dela encontrou uma âncora de esperança e o caminho de volta para a restauração.
2. O choro amargo pelo pecado (Mt 26.75; Mc 14.72; Lc 22.62) – Os evangelistas nos informam que Pedro saindo dali chorou amargamente (Mt 26.75; Lc 22.62) e caindo em si, desatou a chorar (Mc 14.72). Logo que as lágrimas do arrependimento rolaram pelo rosto de Pedro, seus pés se apressaram em sair daquele ambiente. Pedro deu quatro passos rumo à restauração: 1) Ele caiu em si; 2) Ele saiu dali; 3) Ele desatou a chorar; 4) Ele chorou amargamente. O choro do arrependimento desemboca na alegria do perdão.
3. O impacto do túmulo vazio (Lc 24.11,12) – Quando Pedro foi informado que o túmulo de Jesus estava vazio, ele correu e entrou no sepulcro e ao ver os lençóis de linho, retirou-se para casa, maravilhado do que havia acontecido. O poder da ressurreição foi mais um instrumento que Deus usou para levantar Pedro de sua queda. O triunfo de Cristo sobre a morte, sobre o diabo e sobre o inferno deixou Pedro maravilhado. A mesma mão que abriu o túmulo de Cristo abriu também os olhos de Pedro. Aqueles que são impactados pela luz da ressurreição não permanecem mais nas regiões tenebrosas da morte.
4. O recado especial de Cristo (Mc 16.7) – O anjo de Deus que estava assentado sobre a pedra que fechava o túmulo de Cristo e testemunhou para as mulheres que ele havia ressuscitado, entregou, também, a elas, um recado: “… ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia, lá o vereis, como ele vos disse”. Por que Jesus mandou esse recado especial a Pedro? Porque Jesus sabia que a essas alturas Pedro não se sentia mais digno de ser um discípulo. Pedro havia negado seu nome, sua fé, suas convicções, seu apostolado e seu Senhor. Pedro tinha pensado em desistir de tudo, mas Jesus não desistiu de Pedro.
5. A pergunta especial de Cristo (Jo 15.15-17) – Pedro saiu de Jerusalém e foi para a Galiléia como Cristo ordenara. Naquela longa jornada, a consciência de Pedro foi lhe acusando. Ele pensou que Cristo iria lançar em seu rosto o seu fracasso. Mas, a única pergunta de Cristo a Pedro foi: “Simão, tu me amas?”. Essa pergunta foi repetida três vezes, porque três vezes Pedro negou a Cristo. O Senhor não humilhou Pedro. Jesus não esmaga a cana quebrada nem apaga a torcida que fumega (Mt 12.20). Jesus não lançou no rosto de Pedro seus fracassos. Antes, deu-lhe a oportunidade de reafirmar o seu amor e reiniciar o seu ministério.
6. O comissionamento de Cristo (Jo 21.15-19) – Cristo não apenas restaurou a vida de Pedro, mas também o seu ministério. O Senhor lhe deu duas ordens: pastoreia os meus cordeiros e as minhas ovelhas e segue-me! O Senhor sepultou no esquecimento os fracassos de Pedro e abriu-lhe uma nova fronteira de trabalho. O Senhor restaurou a alma e os sonhos de Pedro!
7. O revestimento de poder para pregar a Palavra (At 2.4,14) – Pedro não apenas teve de volta seu ministério, mas, agora, é revestido com o poder do Espírito Santo para pregar a Palavra de Deus. O Pedro medroso torna-se intrépido. O Pedro inconstante torna-se firme. O Pedro que falava sem pensar, agora se transforma num grande pregador. Quando se levantou para pregar, os corações começaram a se derreter aos milhares, convertendo-se a Cristo. O mesmo Jesus que restaurou Pedro pode também restaurar sua vida.
Rev. Hernandes Dias Lopes
***
Em Cristo,
Mário
Nenhum comentário:
Postar um comentário
SINTA SE A VONTADE PARA COMENTAR